O Exército de Israel deu informações contraditórias nesta quarta-feira (11) sobre o suposto sequestro de cidadãos brasileiros pelo grupo terrorista Hamas.
A informação veio do porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Jonathan Conricus. Ele disse que entre os israelenses que estão sendo mantidos reféns dentro da Faixa de Gaza muitos têm dupla nacionalidade, e citou algumas - inclusive brasileiros.
Poucas horas depois, em Brasília, o secretário de África e Oriente Médico do Ministério das Relações Exteriores afirmou que a informação sobre brasileiros entre os reféns ainda não está confirmada.
Na tarde desta quarta-feira, o jornal “Folha de S.Paulo” publicou uma reportagem com uma nova declaração do porta-voz das Forças de Defesa de Israel. Ele disse que não está completamente confirmada a informação de que há brasileiros entre os reféns e que informações sobre a possível presença de brasileiros são fruto de relatos de fontes anônimas e do trabalho em campo dos militares. A embaixada de Israel em Brasília confirmou essa versão.
Desde sábado (7), a brasileira Karla Stelzer Mendes, de 41 anos, está desaparecida. Ela estava no festival de música próximo à Faixa de Gaza que foi atacado pelo Hamas - nessa mesma festa, dois outros brasileiros foram mortos. Karla tem cidadania israelense e mora no país com o filho de 19 anos. As autoridades estão procurando por ela.
Em outra frente, o governo brasileiro busca viabilizar um plano de retirada de brasileiros que estão na Faixa de Gaza. A saída seria por terra, pela fronteira com o Egito. A representação brasileira na Cisjordânia afirma que 28 pessoas querem voltar ao Brasil; entre elas, há 15 crianças.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, que está em viagem ao sudeste asiático, disse que conversou por telefone com o chanceler do Egito, Sameh Shoukry.