11/10/2023 às 10h40min - Atualizada em 11/10/2023 às 10h40min

IPCA sobe 0,26% em setembro, puxado novamente pela gasolina

País passa a ter uma inflação acumulada de 5,19% na janela de 12 meses, saindo do intervalo da meta perseguida pelo BC. Gasolina é o subitem que mais subiu em 2023, com alta acumulada de 16,18% no ano.

AB NOTICIA NEWS
G1
Foto: Reuters

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador considerado a inflação oficial do país, subiu 0,26% em setembro, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O indicador voltou a acelerar em relação ao mês anterior, puxado desta vez por uma alta de 2,8% da gasolina no mês, e uma contribuição de 0,14 ponto percentual no índice geral. Em agosto, o IPCA fechou com alta de 0,23%.

Já em setembro de 2022, o país havia registrado deflação de 0,36%, na esteira da desoneração de combustíveis.

Com isso, o país passa a ter uma inflação acumulada de 5,19% na janela de 12 meses. No ano, acumula alta de 3,5%.

O resultado veio abaixo das expectativas do mercado financeiro, que esperavam alta de 0,33% no mês. Mas, em 12 meses, voltou a sair do intervalo das metas de inflação perseguidas pelo Banco Central. A meta é de 3,25%, com tolerância entre 1,75% e 4,75%.

 

Seis dos nove grupos que compõem o IPCA tiveram alta no mês, com destaque para Transportes (1,4% no mês), que abriga a alta dos combustíveis. Além da gasolina, outra alta relevante o grupo vem das passagens aéreas, que subiram 13,47% em setembro.

 

Veja o resultado dos grupos do IPCA:

 

 

  • Alimentação e bebidas: -0,71%;
  • Habitação: 0,47%;
  • Artigos de residência: -0,58%;
  • Vestuário: 0,38%;
  • Transportes: 1,40%;
  • Saúde e cuidados pessoais: 0,04%;
  • Despesas pessoais: 0,45%;
  • Educação: 0,05%;
  • Comunicação: -0,11%.
 

Pressão em Transportes

 

A gasolina é o subitem do IPCA que mais subiu em 2023, com alta acumulada de 16,18% no ano. A variação em 12 meses é de 16,57%, o que mostra como o combustível sofreu pressão desde a virada do ano.

Neste mês, a nova alta contribuiu para um aumento de 2,7% no item combustíveis. Dentro do grupo, vale mais um destaque para o diesel, que teve alta de 10,11% no mês. Já o gás veicular subiu 0,66%, enquanto o etanol registrou queda de 0,62%.

Ainda em Transportes, segue a volatilidade de preços de passagens aéreas. Neste mês, houve alta de 13,47% e participação de 0,07 p.p. no indicador, vindo de uma queda de 11,69% no mês anterior.


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