10/10/2023 às 09h56min - Atualizada em 10/10/2023 às 09h56min

Professor de educação física é indiciado por crimes sexuais contra alunos dentro de escola em Goiás

Delegado detalha que 18 vítimas, de 13 a 19 anos, foram identificadas, mas destaca que novas ainda podem denunciar abusos. Professor deve aguardar julgamento preso.

AB NOTICIA NEWS
G1
Foto: Reprodução/Redes Sociais

professor de educação física e treinador de vôlei Pedro Leandro Castro Pereira Araújo, de 34 anos, foi indiciado por crimes sexuais contra 18 alunos, de 13 a 19 anos, em Anápolis, a 55 km de Goiânia. Segundo o delegado Jorge Bezerra, a prisão dele foi convertida para preventiva nesta segunda-feira (9).

g1 entrou em contato com a defesa do suspeito para solicitar um posicionamento, mas não obteve retorno até a última atualização desta matéria. O professor foi preso no dia 15 de setembro e, com a conversão da prisão temporária para preventiva, deve aguardar o julgamento do processo na prisão.

Araújo foi indiciado na quinta-feira (5) pelos crimes de estupro de vulnerável, importunação sexual, homofobia e submissão da criança ou adolescente a vexame, ou constrangimento. Ele também era investigado por posse de material pornográfico envolvendo adolescentes, mas não foi indiciado por esse crime.

O delegado revela ainda que outros alunos foram ouvidos pela polícia, mas, até o momento, o professor foi indiciado pelos crimes cometidos contra 18 deles. “Ele foi indiciado por estupro contra dois alunos, uma série de importunações sexuais e constrangimentos, além de homofobia contra três”, detalha.


 

Bezerra explica que o professor ainda pode ser indiciado por mais crimes após a conclusão da perícia nos aparelhos eletrônicos dele e se comprovado mais vítimas. Na época da prisão, o Colégio Couto Magalhães, um dos colégios onde Pedro trabalhava, informou que o treinador foi desligado da instituição.

 

Relembre

 

O investigador afirma que a forma de cometer os crimes era sempre a mesma. Eles aconteceram na escola e durante caronas oferecidas pelo suspeito aos alunos. O professor fez sexo oral em dois alunos, sendo um deles autista, e tocou as partes íntimas dos alunos durante massagens.

Além disso, o professor usava termos pejorativos e discriminatórios para tratar a sexualidade dos alunos. “Ele constrangia algumas vítimas utilizando termos chulos referentes à sexualidade, ainda que as vítimas não fossem homossexuais ou, sendo homossexuais, chamava de 'gay', 'bicha’”, completou.
 

 


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