Foto: Reprodução/TV TEMA estação mais florida do ano marca, também, o início da safra de mel em boa parte do país. Porém, a florada tardia no noroeste paulista deve atrasar a colheita em apiários, incluindo o da família Silva, que tem quase 400 colmeias espalhadas por fazendas da região de Nova Granada (SP).
Alceu Antônio da Silva é apicultor há 50 anos e ensinou tudo o que sabe para os filhos, que seguem na profissão. Na safra, que vai de setembro a novembro, eles redobram o cuidado com as abelhas, dizendo que sempre precisam checar se precisa de mais melgueira e se está tudo certo com elas.
Se não fosse a instabilidade do clima, as caixas estariam bem mais altas, com o dobro de melgueira. Ainda assim, quando uma delas é aberta, a quantidade de mel impressiona, e já está maduro, pronto para colher, porque está com o favo selado.
Cada colmeia deve produzir, em média, 80 quilos de mel. A expectativa do produtor é colher de quatro a cinco toneladas nesta safra, um pouco menos que no ano passado.
Em outro apiário, localizado em Olímpia (SP), a produção não deve chegar nem à metade do que o proprietário esperava. Neste ano, o apicultor deve colher 600 quilos de mel. O principal problema nesta entressafra não foi o clima e, sim, a alimentação das abelhas. Por conta de açúcar contaminado, boa parte do enxame foi perdida.
As colmeias que receberam menos alimento na entressafra estão produzindo o esperado para o período. As melgueiras estão cheias e o mel quase no ponto de ser colhido.
Enquanto no campo o produtor não espera crescimento nesta safra, a indústria trabalha em ritmo acelerado para atender à demanda de mercado, que vem crescendo.
