10/10/2023 às 09h20min - Atualizada em 10/10/2023 às 09h20min

'Carros voadores' da Embraer: empresa prevê 12 milhões de passageiros em SP e no Rio em 2035

Eve, subsidiária da Embraer que está desenvolvendo um eVTOL, projetou quantidade de terminais e de aeronaves nas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro. Empresa espera começar voos comerciais em 2026.

AB NOTICIA NEWS
G1
Foto: Divulgação/Eve

A Eve, subsidiária da Embraer que está construindo um "carro voador", espera alcançar 12,7 milhões de passageiros por ano em 2035 nas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro.

A aeronave, chamada oficialmente de eVTOL (sigla em inglês para "veículo elétrico de pouso de decolagem vertical"), deve operar comercialmente na capital paulista a partir de 2026, segundo a empresa.

Os números foram apresentados na quinta-feira (9) junto a uma parceria da Eve com a empresa de logística DHL Supply Chain para planejar a cadeira de suprimentos de peças da aeronave, que será fabricada em Taubaté (SP).

As projeções incluem a quantidade de eVTOLs e de vertiportos, como são chamados os pontos de chegada e partida dos eVTOLs. A operação das aeronaves e dos terminais será feita por empresas parceirasConfira os números abaixo.

 

São Paulo

 

  • Vertiportos: 8 em 2026; 36 em 2035
  • eVTOLs: de 50 a 70 em 2026; 450 em 2035
  • Passageiros: 900 mil por ano em 2026; 8,2 milhões por ano em 2035
  • Rotas: mais de 200 em 2035
  • Receita: US$ 410 milhões (R$ 2 bilhões) em 2035

 

Rio de Janeiro

 

  • Vertiportos: 6 em 2026; 30 em 2035
  • eVTOLs: de 25 a 35 em 2026; 245 em 2035
  • Passageiros: 400 mil por ano em 2026; 4,5 milhões por ano em 2035
  • Rotas: mais de 100 em 2035
  • Receita: US$ 220 milhões (R$ 1 bilhão) em 2035
 

A Eve afirma que já recebeu cartas de intenções – etapa anterior à compra – para 2.850 eVTOLs e que, cada veículo, custará cerca de US$ 3 milhões (R$ 15 milhões). A empresa informou que o protótipo em escala real começou a ser montado e diz que o primeiro voo de teste poderá acontecer em 2024.

Os executivos da subsidiária da Embraer alegam que, para o "carro voador" entrar em operação, será preciso flexibilizar regras atuais que focam em helicópteros.

A Eve e a empresa de taxi aéreo Helisul poderão sugerir mudanças na cidade do Rio de Janeiro. Elas foram selecionadas no programa Sandbox.Rio, em que empresas podem lançar serviços em caráter experimental com menos burocracia.

 

E, ainda que o termo "carro voador" tenha se popularizado, a empresa esclarece que os eVTOLS não seguirão o modelo de carros particulares, que podem ser comprados por qualquer pessoa. Em vez disso, as aeronaves farão parte de um sistema parecido com aplicativos como Uber e 99.

"São operações estruturadas de vertiportos conhecidos para outros vertiportos conhecidos, com operadoras que também são certificadas", afirmou o co-CEO da Eve, André Stein. "Não é a ideia que tenha um foco em uso pessoal".
 


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