Foto: Reprodução/TV GloboA Polícia Civil vai entrar em contato com a Polícia Federal (PF) para saber se o argentino Juan Manuel Taleb, de 56 anos, deixou o Brasil após um vídeo em que ele aparece gritando ofensas racistas na plataforma da estação de trem de Deodoro, na Zona Oeste do Rio, na tarde de terça-feira (3), viralizar. O homem já havia sido gravado antes por uma ex-companheira disparando ofensas racistas.
Nesta quinta (5), agentes da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) foram até a casa do suspeito, em Santa Cruz, na Zona Oeste, para intimá-lo no inquérito que ele é investigado no crime de racismo, mas ele havia deixado o local.
Sem se intimidar em mostrar o seu preconceito, Juan esbravejou seu preconceito: "negros tinham que continuar escravizados por toda a vida", disse ele. O caso aconteceu depois que um homem negro esbarrou em Juan Manuel .
Juan Manoel responde a outros três inquérito pelo mesmo crime: cometer ofensas racistas.
Um vizinho denunciou que o argentino o chamou de "macaco".
Além disso, duas mulheres com quem ele teve relacionamento também relataram à polícia terem sofrido ofensas racistas. Uma das vítimas gravou o momento que era agredida.
Segundo a mulher, o argentino criou perfis falsos nas redes sociais para atacá-la. Ao comentar uma foto, ele escreveu:
"Muitas negras fazendo macumba. Filhos de escravos". E ele fez ameaças: "negra pura, você vai pagar".
A ex-namorada registrou o caso na delegacia e conseguiu uma medida protetiva. Ela disse à delegada que temia sua integridade física.
A Decradi está tentando identificar quem foi o homem ofendido pelo argentino e pretende chamá-lo para prestar depoimento.
A reportagem não conseguiu contato com o argentino Juan Manuel Taleb e nem com sua defesa.
