05/10/2023 às 09h49min - Atualizada em 05/10/2023 às 09h49min

Jon Fosse, escritor norueguês, ganha Prêmio Nobel de Literatura 2023

Anúncio foi feito nesta quinta-feira (5) pela Academia Sueca, em Estocolmo. Segundo a Academia, o prêmio foi concedido "por suas peças e prosa inovadoras que dão voz ao indizível".

AB NOTICIA NEWS
G1
Foto: Divulgação/Reprodução/Twitter

Jon Fosse, escritor e dramaturgo norueguês, ganhou o Prêmio Nobel de Literatura 2023. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (5), pela Academia Sueca, em Estocolmo.

 

Segundo a Academia, o prêmio foi concedido "por suas peças e prosa inovadoras que dão voz ao indizível".

Com o anúncio, Fosse declarou estar "impressionado e um pouco assustado", em um comunicado. "Vejo isto como um prêmio à literatura que, acima de tudo, pretende ser literatura, sem outras considerações."

O autor, que escreve na versão menos comum das duas versões oficiais do norueguês, disse que considerava o prêmio um reconhecimento desse idioma e do movimento que o promove, e que, em última análise, ele devia o prêmio ao próprio idioma.

Nascido em 1959, em Haugesund, na costa oeste da Noruega, Fosse fez sua estreia em 1983, com o romance "Raudt, svart" ("Vermelho, preto", sem publicação no Brasil). Já chamado de "Samuel Beckett norueguês do século XXI", sua obra inclui ficção, poesia, ensaios, mais de 40 peças teatrais e títulos infantis.

"Jon Fosse tem muito em comum com seu grande precursor na literatura norueguesa de Nynorsk, Tarjei Vesaas. Fosse combina fortes laços locais, tanto linguísticos como geográficos, com técnicas artísticas modernistas", diz a Academia.

 

De acordo com a Academia, sua obra-prima em prosa é a série "Septology" (sem tradução em português), concluída em 2021: "Det andre namnet" ("O segundo nome", na tradução livre para o português), "Eg er ein annan" ("Eu sou outra pessoa", na tradução livre para o português) e "Eit nytt namn" ("Um novo nome", na tradução livre para o português).

Já na dramaturgia, seu destaque foi com a peça "Nokon kjem til å komme" (1996; "Alguém vai chegar", na tradução livre para o português), "com seus temas de expectativa assustadora e ciúme paralisante, a singularidade de Fosse é totalmente evidente", diz a Academia.

Em setembro, a Companhia das Letras publicou "É a Ales", que apresenta uma reflexão de amor e a perda a partir das memórias de Signe, uma mulher que espera seu marido, desaparecido depois de sair de barco em um fiorde.

 


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