05/10/2023 às 08h42min - Atualizada em 05/10/2023 às 08h42min

Análise: Fluminense vive seis minutos para a História e terá a revanche pelo título da Libertadores

Tricolor vive noite épica no Beira-Rio, vê Internacional ter chances de matar a partida, mas resiste e vai à decisão graças aos gols de Germán Cano e John Kennedy

AB NOTICIA NEWS
GE
Foto: Gustavo Garcia
A racionalidade não explica o que aconteceu no Beira-Rio. Tática, técnica, e tudo mais fica de lado para algo quase espiritual. Por seis minutos, o Fluminense escreveu a História. Dos pés de John Kennedy e Germán Cano, o penúltimo passo foi dado. Ao vencer o Internacional por 2 a 1, nesta quarta-feirao Tricolor está na final da Conmebol Libertadores. Com direito a uma noite memorável e uma belíssima página sendo feita.

O triunfo é histórico porque contraria quase tudo que foi dito, analisado e esperado ao longo deste confronto. Fluminense e Internacional foram dois dignos adversários e merecedores de estar na decisão. No final, a sensação é de que a vaga ficou com quem soube matar o confronto quando teve a oportunidade — mesmo que ela só aparecesse nos minutos finais do jogo de volta.

Como explicar que o Internacional, que até então estava invicto no seu estádio na Libertadores, levou uma virada dentro de casa em seis minutos? Como explicar que a principal contratação do Colorado nesta janela de transferência perderia dois gols inacreditáveis antes de seu clube sofrer a virada?
Como explicar que o Fluminense, um dos piores visitantes do Campeonato Brasileiro, venceu dentro do Defensores del Chaco e do Beira-Rio para conseguir uma vaga na final da Libertadores? Como explicar que a equipe do técnico Fernando Diniz foi dominada durante 81 minutos neste jogo de volta, mas conseguiu uma virada épica?

Como explicar que Fábio, que falha no gol do Internacional, vira herói com um milagre nos minutos finais? Como explicar que Yony González, uma das contratações mais criticadas desta janela de transferência, tem participação efetiva no gol da virada do Fluminense? Durante seis minutos, Tricolores e Colorados dividiam sentimentos que não se unem. De um lado, a euforia total. Do outro, a frustração.
Entre tantas palavras, a classificação do Fluminense pode ser citada como um ato de resiliência; ou de coragem. Não é errado dizer que o Tricolor chegou a estar virtualmente eliminado no Maracanã, mas resistiu ao encontrar um gol decisivo de Germán Cano. Também não será um erro dizer que o Internacional foi muito superior no Beira-Rio e poderia ter matado o confronto. Não conseguiu.

Fluminense foi resiliente porque conseguiu resistir a:

Ter um jogador expulso ainda no primeiro tempo no Maracanã;
Sofrer a virada e impedir que a até então derrota se transformasse numa goleada;
Encontrou um empate salvador com Cano tendo um jogador a menos;
Viu Fábio falhar no Beira-Rio e deixar o Internacional em vantagem;

Viu Enner Valencia perder duas chances claras de gol, que poderia matar o confronto;
Conseguiu virar dentro do Beira-Rio sendo um dos piores visitantes no Brasileirão.


A vitória por 2 a 1 sobre o Internacional - gols de John Kennedy com passe de Cano e de Cano com passe de John Kennedy, com Mercado abrindo o placar - classificou o "time de guerreiros" para a decisão marcada para o dia 4 de novembro, no Maracanã. O Tricolor espera o vencedor entre Palmeiras e Boca Juniors, que se enfrentam nesta quinta-feira, em São Paulo.


 


Link
Tags »
Notícias Relacionadas »
Mande sua denuncia, vídeo, foto
Atendimento
Mande sua denuncia, vídeo, foto, pra registrar sua denuncia