04/10/2023 às 11h20min - Atualizada em 04/10/2023 às 11h20min

Júri popular vai julgar acusados de matar Dom Phillips e Bruno Pereira

A Polícia Federal e o Ministério Público concluíram que o jornalista e o indigenista foram assassinados em uma emboscada planejada e executada por Amarildo da Costa Oliveira, o irmão dele, Oseney da Costa Oliveira, e Jefferson da Silva Lima.

AB NOTICIA NEWS
G1
Foto: Jornal Nacional/Reprodução

A Justiça Federal no Amazonas decidiu que um júri popular vai julgar os acusados de assassinar o indigenista Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips.

Um júri popular vai julgar Amarildo da Costa Oliveira, o irmão dele, Oseney da Costa Oliveira, e Jefferson da Silva Lima pelos crimes de duplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Bruno e Dom desapareceram na manhã de 5 de junho de 2022, quando cruzavam de barco um trecho de rio no Vale do Javari, interior do Amazonas.

Polícia Federal e o Ministério Público concluíram que Bruno e Dom foram assassinados em uma emboscada planejada e executada pelos três acusados; que Bruno foi morto por combater e denunciar a pesca ilegal em áreas indígenas; e que Dom Phillips foi assassinado porque estava no barco com Bruno.

Os três réus estão em presídios federais por determinação da Justiça. O juiz Weldeson Pereira decidiu que eles deverão ficar presos até o dia do julgamento, que ainda não teve a data marcada.

Segundo a perícia da Polícia Federal, Amarildo e Jefferson perseguiram de lancha o barco de Bruno e Dom. Ainda de acordo com a PF, Amarildo e Jefferson atiraram de espingarda contra as vítimas. Oseney se encontrou com os dois em seguida.

O laudo do Instituto de Criminalística da Polícia Federal, concluído em dezembro de 2022, apontou que Bruno e Dom foram mortos com quatro tiros de espingarda. Dom foi atingido uma vez. Dois disparos acertaram Bruno nas costas e, um terceiro, no rosto. Este último, quando ele já estava desacordado. Durante a reconstituição do crime, Jefferson da Silva levou os policiais até o local em que os corpos foram esquartejados, queimados e enterrados.

Os advogados dos três declararam que vão recorrer da decisão. A defesa afirma que Amarildo e Jefferson agiram em legítima defesa e que Oseney não estava no local na hora das mortes.

O advogado que representa a família de Bruno Pereira disse que a decisão respeita o ordenamento jurídico.


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