29/09/2023 às 19h19min - Atualizada em 30/09/2023 às 00h04min

Diretor jurídico da Emccamp fala sobre a “indústria de indenizações” com ações temerárias, em evento da CBIC

Lorraine Souza
Inove Filmes Produtora
 

“Existe uma indústria de ações que não busca o reparo e causa prejuízos ao país”. A afirmação foi feita pelo diretor jurídico da Emccamp Residencial, Felipe Amarante Boaventura, durante o VIII Seminário Jurídico da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), realizado neste mês de setembro, em Goiânia (GO). A empresa atua há mais de 45 anos no mercado imobiliário de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, 

Boaventura participou do evento que reuniu juristas e especialistas da indústria da Construção Civil para um grande debate sobre as falhas construtivas e os meios processuais para o combate das ações temerárias.

Entre os destaques, os palestrantes reforçaram um grande problema que assola o setor: o da chamada “indústria de ações”. Já foram identificadas, por exemplo, mais de 100 mil ações sobre o tema em todo o país e muitas delas concentradas nas mãos de poucos advogados ou escritórios.

O diretor da Emccamp explicou que um número reduzido de advogados patrocina milhares de ações, evidenciando a clara falta de critério e de individualização, pontos necessários para a análise dos casos. “Ajuízam milhares de ações que não são individualizadas, não identificam o problema de cada apartamento, apresentam laudos e documentos que muitas vezes não correspondem aos fatos narrados e pedidos feitos. Fazem captação irregular de clientes, montando estandes, distribuição de panfletos e abusam do desconhecimento dos moradores. Inventam provas e agem de má-fé com o Poder Judiciário, causando prejuízos ao país. Além disso, não requerem o reparo e, sim, indenizações”, disse. 

Outros juristas corroboram. O advogado Ivo Teixeira Gico Junior destacou a sobrecarga do Poder Judiciário, enfatizando que essa postura de ações temerárias dificulta a avaliação das questões técnicas e destacou a necessidade de padronização da análise visando otimizar a atuação do Judiciário. “Precisamos de maior segurança jurídica. Quanto mais segurança jurídica, mais desenvolvimento”, alertou.

 

O evento também contou com a presença do engenheiro e ex-presidente do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia (Ibape), Francisco Maia Neto,  que enfatizou a importância da devida produção das provas técnicas de engenharia para o melhor posicionamento das  empresas contra ações ilegítimas.


 

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