22/09/2023 às 09h33min - Atualizada em 22/09/2023 às 09h33min

Saúde estuda limitar vacina da Covid a grupos prioritários em 2024

Ministério da Saúde apresentará proposta que restringe a aplicação da vacina de reforço contra Covid apenas para grupos de maior risco

AB Notícia News
Metrópoles
Rafaela Felicciano/Metrópoles

Florianópolis – O Ministério da Saúde estuda concentrar a aplicação das vacinas contra Covid-19 apenas em grupos prioritários – crianças com idades entre 6 meses e 5 anos, idosos, pessoas imunocomprometidas, trabalhadores de saúde, gestantes e puérperas. A imunização do resto da população estaria condicionada às doses que sobrassem após a vacinação dos grupos que correm mais risco de terem consequências graves em razão da infecção provocada pelo coronavírus.

 

A estratégia de focar em públicos prioritários é usada, atualmente, para a campanha de imunização da gripe. A imunização só é aberta ao restante da população quando sobram doses depois do período reservado aos prioritários. De acordo com o diretor do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Eder Gatti, a propasta de restringir a vacinação da Covid será discutida com estados e municípios antes de ser adotada.

O representante do Ministério da Saúde explica que o modelo está de acordo com as diretrizes do Grupo Consultivo Estratégico de Peritos em Imunização (Sage), da Organização Mundial da Saúde (OMS). O grupo reúne especialistas em imunização de todo mundo e orienta as diretrizes repassadas pela agência internacional de promoção à saúde aos países.

 

O Sage atualizou as recomendações sobre a vacinação contra a Covid-19 em março de 2023, estabelecendo que os grupos de alta prioridade recebam reforços em prazos entre seis meses ou um ano após a última dose aplicada. Já os adultos saudáveis com menos de 60 anos e as crianças e adolescentes não têm necessidade de tomar doses periódicas de reforço se estiverem imunizados contra Covid com a dose primária e o primeiro reforço.

“Embora reforços adicionais sejam seguros para este grupo (adultos saudáveis com menos de 60 anos e as crianças e adolescentes), o Sage não os recomenda rotineiramente, dados os retornos comparativamente baixos para a saúde pública”, afirmaram os consultores.

 

Mudança de rota

O representante do Ministério da Saúde considera que é necessário revisar a estratégia atual. “Fizemos reuniões técnicas e tiramos diretrizes básicas que o Ministério da Saúde vai seguir em discussões internas. Agora, a decisão final ainda depende de uma discussão com a gestão tripartite”, afirmou Gatti, durante encontro promovido pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) em Florianópolis.


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