O Governo da China teme que os cristãos desobedeçam suas ordens e tentativas de controle nacional e por isso aumenta, ainda mais, a repressão e perseguição no país.
De acordo com um especialista sobre a China, parceiro da instituição Portas Abertas, Yuhua (pseudônimo), o país adota cada vez mais políticas de controle, monitoramento e dominação, com receio que os cristãos se tornem desobedientes e desleais, e assim enfraqueça o seu domínio.
“No último ano, enquanto entrevistava um pastor, ele afirmou observar um declínio na frequência da congregação, após a instalação das câmeras de segurança. Com a instalação, tudo é revelado: pregações, sermões e outras atividades da igreja são registradas e monitoradas. E ninguém gosta de ser vigiado dessa forma”, disse o especialista e parceiro da Portas Abertas.
De forma drástica, a China subiu na lista de países que mais perseguem cristãos no mundo, nos últimos seis anos, passando do 43º lugar para o 16º em 2023.
De acordo com a Portas Abertas, um dos principais motivos para isso foi por conta da estabilidade no país.
“Estabilidade sempre foi a principal prioridade do Partido Comunista, dada a história da China. Desde 2015, a voz da igreja se tornou mais forte, o que é intimidante para o Partido. Também podemos nos referir ao controle do governo nas áreas muçulmanas, como a província de Xinjiang. O Partido teme qualquer forma de desobediência ou deslealdade relacionada a ele”, disse um dos parceiros da Portas Abertas.