Ao apontar novos nomes na delação que fez junto à Polícia Federal e foi homologada pelo STF, Mauro Cid citou Filipe Martins, que ocupou o cargo de assessor especial de Bolsonaro para assuntos internacionais.
Além da tarefa que exercia oficialmente no governo, Filipe Martins também costumava elaborar estratégias digitais e de comunicação em redes sociais. Segundo fontes a par da investigação, o depoimento de Cid detalha a atuação de Martins justamente nessa segunda função.
Na CPI da Covid, Filipe Martins figurou na lista de indiciados pela suposta prática de incitação ao crime, artigo 286 do código penal. O relatório final da comissão, redigido por Renan Calheiros, apontou Martins como integrante de um “núcleo formulador de fake news”.
Esse grupo, que ficou popularmente conhecido como “Gabinete do Ódio”, teria atacado em redes sociais pessoas com posicionamentos contrários aos de Bolsonaro e do governo. Filipe Martins sempre negou envolvimento na prática.
Procurado, o ex-assessor especial da Presidência não retornou o contato. O espaço segue aberto.