13/09/2023 às 12h35min - Atualizada em 13/09/2023 às 12h35min

Ibovespa opera em alta, com mercado repercutindo inflação americana

Ontem, o principal índice da bolsa de valores brasileira subiu 0,93%, aos 117.968 pontos.

AB Notícia News
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Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, opera com alta nesta quarta-feira (13), depois da divulgação da inflação dos Estados Unidos, que subiu 0,6% em agosto, em linha com o que era esperado pelo mercado.

O número era bastante aguardado porque pode ser decisivo para a próxima reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), em que a instituição vai decidir sobre o rumo das taxas de juros no país, hoje entre 5,25% e 5,50% ao ano.

Às 11h40, o índice subia 0,62%, aos 118.698 pontos. Veja mais cotações.

No dia anterior, o Ibovespa fechou em alta de 0,93%, aos 117.968 pontos. Com o resultado, o índice passou a acumular altas de:

 

 

  • 1,36% na semana;
  • 0,99% no mês;
  • e de 6,52% no ano.

O que está mexendo com os mercados?

 

Em um dia de agenda mais esvaziada no Brasil, o que toma conta dos mercados em nível global é o resultado da inflação americana.

Os Estados Unidos, assim como boa parte do mundo, passaram por um período de forte pressão inflacionária causada pelos problemas trazidos pela pandemia de Covid-19 e a guerra entre Rússia e Ucrânia.

Para controlar o avanço dos preços, o Fed passou a elevar as taxas de juros no país, que já chegaram ao maior patamar em anos. O principal fator determinante para a continuidade dessas altas nos juros ou o início de um corte é, justamente, a inflação.

 

O Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) até começou a arrefecer, mas continua acima das metas de inflação estabelecidas pelo Fed e, por isso, os números de agosto serão observados com atenção para traçar os próximos passos da política monetária na maior economia do mundo.

Se o índice vem acima do esperado pelo mercado, por exemplo, a expectativa é que o Fed possa elevar os juros ou mantê-los em patamar elevado por mais tempo. Juros altos nos Estados Unidos aumentam, também, a rentabilidade dos títulos públicos americanos, considerados os mais seguros do mundo.

Isso leva a uma migração de recursos para o país, o que favorece o dólar em detrimento de outras moedas, principalmente as de países emergentes, além de ser prejudicial para os ativos de riscos, como os mercados de ações.

No entanto, com a inflação dentro das projeções de analistas e investidores, a expectativa é de que o Fed não mexa nas taxas de juros, pelo menos na próxima reunião.


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