06/09/2023 às 16h07min - Atualizada em 07/09/2023 às 00h00min

Nova variante do coronavírus "Éris": o que precisamos saber agora

*Alessandro Castanha da Silva

Valquiria Cristina da Silva Marchiori
Rodrigo Leal

Recentemente, ouvimos nos noticiários sobre uma nova variante da Ômicron, denominada Éris, detectada na França no início do mês de agosto. Esta é uma subvariante, altamente transmissível da cepa EG.5, que apresenta uma modificação adicional na proteína spike. Além da França, outros países da Europa, Asia e Estados Unidos já apresentaram casos confirmados do vírus.

Devemos levar em consideração que tais países encontram-se no hemisfério norte, e que nesta época do ano é verão por lá. Desta forma, temos o aumento de aglomeração de pessoas, o que acaba facilitado a transmissão. Para os pesquisadores, tal situação era esperada, visto que ocorre um decréscimo da eficácia da vacina com o tempo e da redução das medidas de segurança, como o uso do álcool gel e máscara. Vale ressaltar que o declínio da eficácia da vacina já é previsto, assim como o que ocorre com a vacina para gripe.

Uma pergunta que fazemos neste momento é: teremos uma nova pandemia de coronavírus? Por enquanto, a resposta é não. Pois esta é uma versão mais branda que a própria Ômicron, ou seja, considerada como um fator positivo por reforçar o sistema imunológico. Ainda assim, surgem outras questões como: então, não precisamos tomar todos os cuidados como no início da pandemia?  Sim, precisamos! O cuidado é sempre necessário, pois sabemos que os vírus são altamente mutáveis e que estes podem, em suas novas subvariantes, trazer uma versão mais agressiva. A grande diferença, neste momento, é que para cada situação encontrada será necessário tomar medidas específicas, diferentemente do que enfrentamos durante a pandemia.

O que se recomenda é que as pessoas continuem se vacinando com as doses de reforço, utilizando o álcool gel e todos os cuidados mínimos para evitar a infecção. O coronavírus permanece no nosso meio e assim será por muitos anos ainda, pois o vírus continua evoluindo. Apesar da pandemia ter acabado e até o presente momento nenhuma variante ser motivo de grande preocupação, ainda temos muito a pesquisar sobre a redução da imunidade ao longo do tempo mantendo a vigilância epidemiológica.

(*) Alessandro Castanha da Silva é biólogo, especialista em Microbiologia Clínica, Doutorando do Programa de Pós Graduação e Ciências Farmacêuticas


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