05/09/2023 às 10h19min - Atualizada em 05/09/2023 às 10h19min

Atos golpistas: Exército identifica 11 CACs entre réus do 8 de janeiro

CAC é a sigla que identifica colecionadores, atiradores e caçadores. STF determinou suspensão imediata de registros de portes de armas dos acusados por depredação dos Três Poderes.

AB Notícia News
g1
Reprodução

Levantamento feito pelo Comando do Exército identificou que pelo menos 11 réus no Supremo Tribunal Federal (STFpor atos golpistas do dia 8 de janeiro tinham registro de CACs (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador).

A análise foi feita após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo, determinar a suspensão imediata de documentos de portes de armas e quaisquer certificados de registro que autorizasse atividades de colecionamento de armas de fogo, tiro desportivo e caça por parte dos réus acusados de invasão e destruição das sedes dos Três Poderes.

O Exército expediu ordens para que os comandos militares providenciem a suspensão dos registros para dar cumprimento à ordem do STF.

 

Um dos registros encontrados é da empresária Rosimeire Morandi, presa no Palácio do Planalto. Também estava registrado, no Sistema de Gerenciamento Militar de Armas, Fernando Placido Feitosa, de 27 anos, que ficou no acampamento montando em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília.

Na próxima semana, o STF deve começar a julgar os primeiros réus pelos atos golpistas do dia 8 de janeiro. Os ministros vão decidir se condenam ou absolvem os acusados. Os casos de 250 denunciados pelos crimes mais graves devem ser julgados até o fim do ano.

 

O que diz a PGR

 

Nas denúncias oferecidas ao Supremo, a Procuradoria-Geral da República afirma que houve uma mobilização prévia de CACs para os atos em Brasília, com amplo teor convocatório e com objetivo até de sitiar Brasília, o que reforça que havia a possibilidade de invasão e ocupação de órgãos públicos.

A Procuradoria-Geral da República pediu a condenação pelos crimes de:

 

  • associação criminosa;
  • abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • golpe de Estado;
  • dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável, contra o patrimônio da união e com considerável prejuízo para a vítima;
  • deterioração de patrimônio tombado.

 

Somadas, as penas podem chegar a 30 anos de prisão. A PGR sustenta que os atos golpistas foram planejados com antecedência, com claro propósito de tomada do poder.

 

Até agora, o Supremo tem 1395 réus pelos atos golpistas do dia 8 de janeiro.

 
 


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