04/09/2023 às 08h40min - Atualizada em 04/09/2023 às 08h40min

Secretário de Saúde de SP defende 'revisão do fluxo' de pacientes para diminuir fila na região de Campinas

Em entrevista à EPTV, Eleuses Paiva propõe uma repactuação da saúde regional e o uso de hospitais de pequeno porte para atender demandas de média complexidade, aliviando pressão no HC da Unicamp.

AB Notícia News
g1
Reprodução/EPTV

Uma visão ampla para um problema regional. Questionado sobre ações do governo de São Paulo para lidar com a fila de pacientes à espera de atendimento no SUS e a constante superlotação de hospitais na região de Campinas, o secretário Estadual da Saúde, Eleuses Paiva, defendeu uma repactuação da saúde regional para "resolver efetivamente" o problema.

Em entrevista à EPTV, afiliada TV Globo, Paiva afirmou que o governo estadual irá aplicar recursos e aumentar a oferta assistencial onde for necessário, e destacou que uma "revisão do fluxo" de pacientes, com a criação de uma espécie de fila única, pode otimizar o atendimento e aliviar a pressão em locais com muita demanda, como é o caso do Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp.

 

 

"Nós temos 29 hospitais de pequeno porte que podem atender a demanda de cirurgias de média complexidade, só com 20%, 25% de taxa de ocupação. Estamos discutindo para rever o fluxo de pacientes nessa região, para que esses hospitais também sejam ocupados, para que possa diminuir a demanda que tem na Unicamp, para que ela possa fazer as filas andarem. Diminuir o tempo que as pessoas hoje permanecem nas filas", disse.

 

Um outro tema abordado foi o financiamento da saúde, em que o secretário pontua que a situação deve ser amenizada a partir da criação de tabela própria para remunerar procedimentos feitos por hospitais conveniados ao SUS, como Santas Casas e demais instituições filantrópicas do estado.

 

Acesso a medicamentos

 

Sobre a questão da falta de medicamentos na farmácia de alto custo e problemas com a farmácia judicial, Eleuses Paiva pontuou que o estado de São Paulo tem conversado com o governo federal para que o repasse do Ministério da Saúde seja em recursos, e não remédios.

 

"[A farmácia] é do estado, mas 92% dos medicamentos que estão na farmácia, são fornecidos pelo Ministério da Saúde. Toda vez que tem atraso na entrega do Ministério da Saúde, acaba faltando na farmácia de alto custo. Temos ampliado o diálogo com o governo federal, em vez de repassar o medicamento, repassar o recurso pro estado para que possamos fazer uma licitação aqui e ver se conseguimos diminuir a demanda que temos da falta de medicamento", afirmou.

 

Já em relação as demandas judiciais, o titular da pasta informa que implementou um grupo técnico na para analisar casos e buscar soluções alternativas.

"Estamos trabalhando para melhorar o acesso da população a medicamentos, especialmente aqueles que são objeto de disputas judiciais. Embora esses medicamentos sejam regulados pela Conitec a nível federal, estamos empenhados em facilitar o acesso das pessoas a esses tratamentos de forma eficiente e justa", disse

 


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