No trimestre encerrado em julho, o desemprego no Brasil caiu para 7,9%. E a renda média cresceu na comparação anual. O IBGE divulgou resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.
A frase na porta da loja prestes a abrir é um alento. Ali, estão formando equipe e precisando de mão de obra. Escrito no tapume de outra loja , um convite tentador. Ao lado dela, mais uma loja nova que já contratou funcionários e ainda está à procura de mais gente.
“Temos vagas em todo Brasil e agora estamos com projeto extra natal, já buscando novos colaboradores pra atender nosso público de Natal”, diz a diretora comercial Michelle Senna.
A taxa de desemprego ficou em 7,9% no trimestre que terminou em julho. A menor para o período, desde 2014.
Há um ano, o desemprego estava na casa dos 9%. O total de desempregados também diminuiu e chegou ao menor nível desde 2015.
Apesar da queda, o Brasil ainda tem 8,5 milhões de pessoas em busca de trabalho.
“A cada dia está mais difícil, eu procurei por algum tempo, mas enfim recebi uma oportunidade”, diz o subgerente Paulo Pirone.
Mais oferta de emprego, menos gente desempregada. Esse caminho leva a um outro dado positivo da economia, segundo o IBGE. O rendimento real dos brasileiros aumentou 5,1% entre maio e julho deste ano, se comparado ao mesmo trimestre do ano passado.
E a soma de rendimento de todos os trabalhadores do país também é recorde da série histórica, que começou em 2012.
Segundo economistas, isso é resultado principalmente do aumento do número de pessoas trabalhando, do reajuste do salário mínimo e de uma inflação que tem pesado menos no bolso dos brasileiros.
"A melhor notícia do mercado de trabalho é que a gente mais que recuperou as perdas da pandemia. E a população ocupada está num nível maior há algum tempo. O problema que temos é que o rendimento real ainda está inferior ao que tinha antes da pandemia" explica Fernanda de Hollanda Barbosa Filho, economista FGV IBRE.
Emprego novo e renda maior. Elisama e Nicolas Alexandrino são os mais recentes contratados de uma loja de celulares. Ele é vendedor, e ela gerente.
“Hoje consegui conquistar minha independência financeira, moro sozinho”, diz o vendedor.
“Consegui comprar um carro próprio que antes eu não tinha. Melhorou bastante”, diz Elisama.