30/08/2023 às 08h59min - Atualizada em 30/08/2023 às 08h59min

Ibovespa fecha em alta e volta aos 118 mil pontos

Principal índice da bolsa de valores brasileira avançou 1,10%, aos 118.404 pontos.

AB Notícia News
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Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, fechou em alta nesta terça-feira (29), na medida em que investidores aguardam indicadores econômicos no Brasil e nos Estados Unidos nesta semana.

Entre outros pontos, o mercado repercutiu a assinatura pelo presidente Lula (PT) da medida provisória (MP) que cria uma alíquota sobre os rendimentos de fundos exclusivos (veja mais abaixo).

O índice avançou 1,10%, aos 118.404 pontos. Veja mais cotações.

As ações da mineradora Vale — de maior peso no Ibovespa — foram, mais uma vez, destaque positivo do pregão, com avanço de 3,19%. A sessão também foi marcada pelo salto de mais de 10% nos papéis da Marfrig, após acordo da empresa para vender determinados ativos à Minerva.

 

Na última segunda, o Ibovespa avançou 1,11%, aos 117.121 pontos. Com o resultado de hoje, o índice passou a acumular:

 

  • alta de 2,22% na semana;
  • queda de 2,90 no mês;
  • e ganho de 7,90% no ano.

O que está mexendo com os mercados?

 

Na agenda doméstica, o mercado repercutiu a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de assinar a medida provisória que cria alíquota de 15% a 20% sobre os rendimentos de fundos exclusivos e enviar ao Congresso uma proposta para taxar offshores.

Os fundos exclusivos são feitos de forma personalizada para o cotista e, atualmente, têm pagamento de imposto somente no momento de resgate da aplicação. O texto da MP acaba com a tributação única no resgate e será realizada duas vezes ao ano, no esquema de "come-cotas".

 

Já os offshores são pessoas ou empresas que geram renda no exterior. E se aprovada pelo Congresso, a nova tributação será referente aos resultados apurados a partir de 1º de janeiro de 2024. Atualmente, o capital investido no exterior é tributado apenas quando resgatado e remetido ao Brasil.

 

Outro ponto de atenção do mercado são os passos dados pelo governo federal para compor sua base de sustentação no Congresso Nacional e em medidas para aumentar arrecadação e demonstrações de como pretende zerar o déficit público em 2024.

Por exemplo, o Senado deve votar na quarta-feira (30) o projeto do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), considerado pelo governo uma das principais medidas para contornar o déficit primário do governo federal neste ano, de R$ 231,5 bilhões - vale lembrar que o orçamento do próximo ano precisa ser encaminhado ao Congresso até 31 de agosto.

 

No cenário internacional, por sua vez, o Departamento do Trabalho dos EUA informou que o número de vagas criada no país caiu pelo terceiro mês consecutivo em julho, para 8,827 milhões — o nível mais baixo desde março de 2021.

Os dados ajudam investidores a ajustarem suas expectativas sobre quais devem ser os próximos passos do Federal Reserve (banco central dos EUA) quanto aos juros nas próximas reuniões.

Vale lembrar que a posição econômica da principal economia do mundo tende a refletir no posicionamento dos investidores. Quando os juros sobem, há uma migração da renda variável para a fixa — o que tende a prejudicar o preço dos papéis.

Os Estados Unidos ainda devem informar resultados do PIB do 2º trimestre nesta semana, na quarta-feira. Também estão na lista de divulgações o deflator dos gastos do consumidor de julho na quinta-feira e resultados do mercado de trabalho de agosto na sexta-feira.

Ainda no exterior, notícias de que o governo chinês tem feito esforços para retomar a economia do gigante asiático também ficam no radar. Ontem, reduziu pela metade um imposto sobre as negociações de ações, em uma tentativa de "revigorar o mercado de capitais e aumentar a confiança dos investidores".


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