Getty ImagesUm novo estudo publicado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) -- agência da ONU para o mercado de trabalho e promoção do emprego -- aponta que as mulheres enfrentam um risco maior de terem seus empregos substituídos pela IA generativa.
Nos países de alta renda, 7,8% dos empregos ocupados por mulheres têm potencial para serem automatizados – o que a OIT estima em cerca de 21 milhões de postos. Em contraste, 2,9% dos empregos em países de alta renda ocupados por homens – ou cerca de 9 milhões de empregos – enfrentam o potencial de serem automatizados.
“Os efeitos específicos de gênero realçados no nosso estudo são fundamentais de serem considerados pelos tomadores de decisão políticas, especialmente porque estes efeitos abrangem vários grupos de rendimentos dos países”, afirmou Paweł Gmyrek, pesquisadores sênior da OIT e um dos autores do relatório.
Ele acrescentou que a crescente adoção da IA provavelmente teria um efeito de gênero, dizendo que “um processo mal administrado poderia prejudicar desproporcionalmente as mulheres”, destaca o Business Insider.
Os trabalhadores de apoio administrativo também enfrentam o maior risco de serem afetados pela IA. Segundo o levantamento, cerca de um quarto das tarefas dos trabalhadores administrativos enfrentam uma elevada exposição à IA generativa e 58% das suas tarefas enfrentam uma exposição média à tecnologia.
O estudo listou empregos como digitadores, consultores de viagens, balconistas de centros de atendimento, caixas de banco e entrevistadores de pesquisa de mercado que poderiam eventualmente ser automatizados.
Em geral, no entanto, a maioria das tarefas dos trabalhadores não corre grande risco com a popularidade da IA, segundo o estudo.
Por exemplo, a pesquisa descobriu que apenas 4% das tarefas dos trabalhadores de serviços e vendas enfrentam alta exposição à IA generativa e 18% de suas tarefas enfrentam exposição média.
“Portanto, é provável que o maior impacto dessa tecnologia não seja a destruição de empregos, mas sim em possíveis mudanças na qualidade dos empregos, principalmente na intensidade e autonomia do trabalho”, aponra o relatório.
O estudo usou o GPT-4, o grande modelo de linguagem por trás do ChatGPT, para prever como os trabalhos podem ser automatizados.
