09/08/2023 às 07h31min - Atualizada em 09/08/2023 às 07h31min

Declaração de Belém é divulgada sem meta comum para desmatamento zero

Bolívia, Suriname e Guiana se posicionaram contra a definição de uma meta única de desmatamento. Colômbia tentou incluir questões sobre a exploração de petróleo na região

AB Notícia News
CNN
Filipe Bispo/Fotoarena/Estadão Conteúdo

A Declaração de Belém, principal documento da Cúpula da Amazônia, divulgada nesta terça-feira (8), não incluiu metas únicas para zerar o desmatamento ilegal nos países amazônicos nem informações sobre a exploração de petróleo na região.

A diplomacia brasileira havia chegado a defender que os países usassem a meta do Brasil de atingir o desmatamento ilegal zero até 2030.

O documento apenas salienta “a urgência de pactuar metas comuns para 2030 para combater o desmatamento, erradicar e interromper o avanço das atividades de extração ilegal de recursos naturais e promover abordagens de ordenamento territorial e a transição para modelos sustentáveis, tendo como ideal alcançar o desmatamento zero na região”.

 

No resumo da declaração, o caso brasileiro é citado como um exemplo. Peru, Colômbia e Venezuela concordaram com o desejo brasileiro, mas a CNN apurou que Guiana, Suriname e Bolívia recusaram a possibilidade de sair do encontro com a meta única.

Outro ponto que faltou consenso foi sobre a adoção de um veto à exploração de petróleo na região amazônica.

Essa meta foi defendida pelo presidente da Colômbia, Gustavo Petro, que fez o discurso mais enfático entre os chefes de Estado presentes no encontro, em Belém. A postergação dessa decisão, segundo Petro, é uma espécie de negacionismo.

“A política não consegue “se destacar dos interesses econômicos que derivam do capital fóssil”, disse o presidente da Colômbia.

 

 


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