08/08/2023 às 16h00min - Atualizada em 08/08/2023 às 21h02min

Aos 12 anos, vendedor de esterco: conheça a trajetória do empresário Rodrigo Azevedo

CEO da Influency.me, empresa que faturou R$ 9 milhões em 2022, o empreendedor já vendeu brinquedos, revistinhas e esterco

João Vitor Mandrott Zotini
https://www.tramaweb.com.br/imprensa/conheca-rodrigo-azevedo/
[16:00] Flávia Caroline Augusto Salmázio Rodrigo Azevedo, CEO da Influency.me - principal empresa de marketing de influência do País
São Paulo, agosto de 2023 – “Quando você tem muito pouco, como era o meu caso, você não pode perder nenhuma oportunidade”, afirma Rodrigo Azevedo, atualmente CEO da Influency.me, que começou a empreender aos 8 anos. Naquela idade, o pai de Azevedo sofreu grave acidente, o que abalou a renda familiar.  

Para ajudar em casa, começou a vender seus brinquedos e revistinhas. Aos 12 anos, Rodrigo estudava em escola pública. “Na escola, tínhamos uma hortinha para subsistência e para ensinar a plantar. Certo dia, vi a professora comprando 1 Kg de esterco de um vendedor. Mas, em frente à minha casa, havia um terreno com vários cavalos e cheio de esterco. Na hora, perguntei à professora: “a senhora compraria de mim, se eu trouxesse 2 Kg de esterco pelo mesmo preço que ele vendeu 1 Kg, mas com qualidade muito maior?”. Foi assim que, aos 12 anos, o empreendedor encontrou uma das primeiras formas de levar algum dinheiro para casa com periodicidade. 

 
Identificar oportunidades é essencial 


“As oportunidades são muito raras, no começo. Depois que você começa a dar certo, as oportunidades te perseguem – é impressionante. Mas, quando você não tem nada, ninguém quer te oferecer oportunidade”, apresenta Azevedo. 

Já no final da faculdade de Jornalismo, em 2001, Azevedo teve a ideia do Comunique-se, primeira empresa de comunicação corporativa 100% online do Brasil. “Eu trabalhava em uma agência e apresentei essa ideia aos gestores, que gostaram e me colocaram em contato com um fundo de investimentos. O fundo propôs que eu tivesse 1% de participação nos lucros dessa plataforma”, conta o empreendedor, que achou a proposta muito ruim.  

“Eu disse ao fundo de investimento que a ideia era minha! Então, o responsável abriu uma gaveta cheia de papéis e disse: ideias não valem nada. Eu tenho 2 mil ideias aqui”, relembra o executivo, que não desistiu. “Pensei na hora: vou transformar o Comunique-se em uma empresa que vale R$ 1 bilhão e ficar rico do mesmo jeito”, concluiu à época. 
 
De 1% a 35% nas ações do Comunique-se 

As ações do fundo tinham prazo de cinco anos para serem encerradas. Sem intenções de renovar o contrato, o fundo anunciou aos colaboradores do Comunique-se que iria encerrar as operações. Em meio à angústia generalizada na empresa, Rodrigo pensou: “quanto vale uma empresa que será fechada? Não vale nada”. 

Foi com esse pensamento que Rodrigo propôs comprar a empresa. Após negociar com o fundo, a compra foi feita por um valor um pouco acima do que havia proposto, mas com um detalhe: o visionário não investiu nem 1 centavo no Comunique-se. 

“Chamei dois amigos e os convidei para investir no Comunique-se. Cada um entrou com R$ 500 mil e, também, pagaram a minha parte. Então, passei a ter 35% das ações da empresa sem nunca ter tirado dinheiro do meu próprio bolso”, confirma o empreendedor. 

Uma das marcas da gestão de Rodrigo Azevedo à frente da empresa foi a criação do “Prêmio Comunique-se”, considerado o “Oscar do Jornalismo Brasileiro”. O evento anual nasceu em 2003 e aconteceu até 2022, tendo sido o pioneiro na premiação e reconhecimento de jornalistas no País. 
 
Mais empreendimentos 

Como empreendedor nato, Rodrigo fortaleceu o Comunique-se nos anos seguintes e continuou como acionista da empresa até 2023, quando concluiu sua saída após vendê-la para a Knewin.  

A RIWeb também leva a marca de Rodrigo Azevedo em sua fundação. Com foco na comunicação entre empresários e investidores, a empresa nasceu em 2009 para ajudar no desenvolvimento de sites, marketing e design. Naquela época, os sites eram bem mais limitados e não havia autonomia para que as empresas os atualizassem por conta própria, o que esse empreendimento revolucionou.  
Hoje, a Prisma (antiga RIWeb) é uma das duas principais empresas brasileiras no segmento. Com clientes como Itaú Unibanco, Magazine Luiza e Embraer, em 2021, Rodrigo realizou sua venda para o TC (TRAD3) por R$ 6,5 milhões. 

Rodrigo também é fundador do Dino, divulgador de notícias que é o maior serviço de distribuição de notícias do Brasil. Por meio da ferramenta, empresas e pessoas podem divulgar suas notícias para uma rede com os principais veículos de comunicação do País. O Dino foi fundado em 2014 e vendido para o Grupo Knewin em 2021. 

Também em 2014, Rodrigo fundou a SuaTV, empresa líder em fornecimento de TVs corporativas com foco em comunicação interna. Conta com mais de 2 mil pontos de TV ativos e grandes clientes, como Faber Castell, Suzano, Seguros e Previdência Mongeral Aegon, dentre outros. 

“Durante a pandemia, vendi três empresas: Comunique-se, RIWeb e Dino. Vendemos porque estavam crescendo muito e havia diversos compradores interessados”, complementa Azevedo. 
 
Influenciadores próximos das marcas  

“O primeiro influenciador que conhecemos foi o jornalista. Para apoiar a comunicação entre jornalista e assessor, criamos o Comunique-se. Mais tarde, percebi um crescimento de influenciadores no País e, para acompanhar essa tendência de perto, quis vivenciar os dois lados da moeda: me tornei influenciador digital e fundei a Influency.me, plataforma que conecta marcas e influenciadores”, afirma o empresário. 

Como influenciador digital, Rodrigo tem como foco seu canal no YouTube, que conta com cerca de 30 mil inscritos. Produzindo conteúdo semanalmente sobre aventuras e viagens em sua motocicleta, Rodrigo também já recebe propostas para parceria com marcas do segmento. 

“Já fui para o Alasca de moto, fiz a Rota 66, fui para Ushuaia e muitos outros lugares. Eu mesmo que gravo e edito os vídeos do canal @EuEMinhaMoto”, finaliza Rodrigo Azevedo. 

Atualmente, o mercado de influenciadores digitais está avaliado em mais de US$ 20 bilhões. Saiu do zero, há cerca de seis anos, e alguns influenciadores já arrecadam mais que empresas de comunicação inteiras. 
 
Olhar para o futuro 

“Empreender sempre foi a minha primeira opção de emprego”, confirma o executivo, também membro da Endeavor desde 2010, organização que fomenta o empreendedorismo ao redor do mundo e seleciona seus executivos por meio de processo seletivo.  
Agora, o executivo está focado no crescimento da Influency.me, empresa sediada em São Paulo e que faturou R$ 9 milhões em 2022. O objetivo de Azevedo é levar para outros países a tecnologia da Influency.me, que já conta com mais de 500 mil influenciadores brasileiros cadastrados na plataforma.  

Sobre a Influency.me 

Lançada em 2018, a Influency.me é a principal empresa brasileira especializada em Marketing de Influência. Por meio de uma metodologia própria denominada IMAP - Influencer Marketing de Alta Performance, proporciona soluções completas para quem quer trabalhar com influenciadores digitais. 
Com seu software líder de mercado, reúne dados de mais de 1 milhão de perfis de influenciadores digitais- por meio de search engine, um mecanismo que torna mais rápido e assertivo o processo de encontrar o influenciador certo para cada ação, assim como workflow de campanhas, monitoramento e geração de relatórios. Além disso, oferece a opção full service em que uma equipe com expertise cuida de toda a estratégia. 
Nos últimos três anos, a companhia cresceu cerca de 208%, finalizando 2022 com faturamento de mais de R$ 9 milhões. Com o propósito de criar conexões reais entre marcas e pessoas, disponibiliza gratuitamente cursos na Academia Influency.me e conteúdos ricos a fim de estimular o desenvolvimento da influência digital no país. 


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