07/08/2023 às 10h15min - Atualizada em 07/08/2023 às 10h15min

Polícia Civil prende um dos irmãos que sonegaram R$ 116 milhões

Além de computadores, notas promissórias, cheques e dinheiro, drogas também foram apreendidas pela polícia

AB Notícia News
Estado de Minas
Edésio Ferreira/EM/D. A. Press

Já está preso um dos irmãos empresários, que sonegaram cerca de R$ 116 milhões em impostos. O anúncio foi feito no final da manhã desta sexta-feira (4/8), pela delegada Fernanda Fiúza, da 2ª Delegacia de Polícia Civil Sul, no Bairro Jardim América.

 

Segundo a delegada, o homem preso foi flagrado em casa. O outro irmão está foragido. As buscas e apreensões foram realizadas nos bairros  Manacás, na Região da Pampulha, Cidade Nova, na Região Nordeste, e Vila Fazendinha, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte.

 

No cumprimento de mandados de busca e apreensão realizados na manhã desta sexta-feira - a operação começou às 5h -, foram apreendidos computadores, notas promissórias, cheques em branco, dinheiro vivo e maconha.

 

“Por enquanto, já levantamos R$ 800 mil em notas promissórias, R$ 600 mil em cheques e R$ 80 mil em dinheiro, mas tem mais, pois ainda não conseguimos fazer a contagem toda. Estimamos que entre notas, cheques e dinheiro, o valor apreendido seja superior a R$ 2 milhões”, diz a delegada Fiúza.

 

Os irmãos eram proprietários de uma empresa, Ed Max, que já foi investigada e os irmãos respondem por crime de sonegação. Depois de fechá-la, eles abriram uma nova empresa, a EGE, que tem sede no Ceasa-MG, em Contagem, e com esta seguiram fazendo as mesmas transações. E esta nova empresa é registrada em nome de laranjas, que são o pai e a irmã dos irmãos.

 

O golpe

Segundo a delegada, as empresas atuavam no mercado de empréstimo de dinheiro, com juros abusivos. E para burlar uma fiscalização e poder sonegar os impostos, faziam transações com dinheiro vivo, uma maneira de disfarçar a fiscalização.

Esse sistema é conhecido como factoring, que é legal, mas para que a empresa possa funcionar, é preciso pagar impostos.

 

“Eles agiam totalmente fora da lei, com juros muito acima do que é permitido por lei”, explica a delegada.

 

O irmão que já está preso está sendo indiciado por crime de usura e também agiotagem com lavagem de dinheiro. A pena prevista em caso de condenação é de 12 anos. O flagrante foi viabilizado pelo fato do suspeito, ao ver a chegada da polícia, tentou esconder notas promissórias, cheques e dinheiro.

 

LEIA:

 
Empresários suspeitos de sonegar mais de R$ 100 milhões são alvos de ação

 

 

As investigações começaram há um ano, quando a Polícia Civil recebeu a primeira denúncia, que veio através do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), que é um órgão administrativo brasileiro criado pela Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998.


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