- Existem duas correntes. Uma delas interpreta que o Pedro não poderia pedir a rescisão por justa causa porque a agressão foi feita por um colega de trabalho. Essa é uma tese que acrescenta até o seguinte, e eu não sei porque não vi o contrato, mas parece que o preparador tem um vínculo com o Sampaoli, não com o Flamengo. Não tenho como afirmar.
- O outro lado da moeda é diametralmente oposto e majoritário, que entende que o Pedro poderia pedir a rescisão porque teria a subordinação jurídica ao preparador físico no seguinte sentido: "Você tem que treinar de 9h a 11h da manhã" e se ele não comparece seria uma falta disciplinar. Essa tese é a que tem a preferência de membros da Justiça de trabalho - explicou o jurista.
No sábado, Pedro levou um soco do preparador físico Pablo Fernández no vestiário do Independência, logo após a vitória do Flamengo sobre o Atlético-MG por 2 a 1. Durante o segundo tempo, o atacante se recusou a continuar o aquecimento depois das entradas de Luiz Araújo e Everton Cebolinha.
Pablo Fernández se irritou com a atitude do jogador e lhe deu um soco depois da partida. O clube decidiu pela saída do preparador físico, que apresentou pedido de demissão. Ainda no domingo, a diretoria decidiu punir Pedro com uma multa por ter se recusado a seguir no aquecimento.
Em meio à turbulência causada pela agressão, o Flamengo volta à campo na próxima quinta-feira, às 21h, para enfrentar o Olimpia pelas oitavas-de-final da Copa Libertadores, no Maracanã.