24/07/2023 às 10h11min - Atualizada em 24/07/2023 às 10h11min

Ary Borges faz primeiros gols do Brasil na Copa do Mundo Feminina e se emociona

Meia da seleção brasileira aprendeu com os pais e primos a jogar futebol desde criança. Aos 23 anos, jogadora disputa primeiro Mundial pelo Brasil; conheça mais a atleta

AB Notícia News
Globo Esporte
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Ary Borges anotou os primeiros gols do Brasil na Copa do Mundo Feminina disputada na Austrália e Nova Zelândia.

O primeiro saiu com a meio-campista aproveitando cruzamento de Debinha aos 18 minutos do primeiro tempo e acertando cabeçada certeira na partida contra o Panamá, disputada nesta segunda-feira, em Adelaide, solo australiano.

 

O primeiro gol da seleção veio de uma das atletas-símbolo do trabalho de Pia Sundhage e gerou duas reações diferentes em um curtíssimo espaço de tempo: emoção, com choro ajoelhado no gramado, e alegria, com direito a dancinha com Kerolin.

A dança de comemoração teve uma homenageada: Marta. A coreografia foi ensaiada no almoço por Ary e Kerolin, que geralmente lideram a "onda de danças" da seleção brasileira.

 

A festa de Ary Borges apenas reservava algo maior. Aos 37 minutos, a meio-campista acertou nova cabeçada depois de cruzamento de Tamires, mas só comemorou ao aproveitar rebote da goleida dentro da pequena área.
 

Para uma menina jogar futebol é sempre uma batalha. Para algumas, a luta começa dentro de casa, com a família reprovando a escolha. Mas a meia Ary Borges, de 23 anos, teve uma experiência diferente. Criada no meio da família, com primos homens e com um tio apaixonado pelo esporte, ela aprendeu bem de perto como amar futebol. E isso a levou à sua primeira Copa do Mundo.

 

— Tive muita sorte por ter uma família que me apoiou. Meus tios sempre gostavam de jogar futebol, então sempre achavam legal em ter uma menina que gostava de jogar. Sempre me protegeram em questões de "ah, Ary não vai jogar porque ela é menina", meus primos sempre me defenderam com unhas e dentes.

 

Ary é natural de São Luís, no Maranhão, mas mudou para São Paulo aos 10 anos. Foi criada pela avó na infância e só conheceu os pais quando chegou na capital paulista. Os pais mudaram para a cidade para tentar uma vida melhor. A atacante conta que a mãe chegou perto de ser uma atleta. Mas foi o pai que conquistou a filha ao levá-la aos campos de futebol.

— Meu pai conta que queria um menino para jogar futebol com ela, então amou ser uma menina que amava jogar futebol. Meu pai foi uma pessoa muito ativa no processo. Depois que a gente se conheceu, ele me levava para jogar. Acordava cedo para me levar. Descobriu o Centro Olímpico, meu clube formador. Minha família foi um diferencial muito grande.


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