11/07/2023 às 12h12min - Atualizada em 11/07/2023 às 12h12min

Construção civil gera mais empregos do que qualquer outro setor nos primeiros meses de 2023

Pelo segundo ano seguido, o setor liderou a criação de vagas formais entre janeiro e abril - superando a indústria da transformação, a educação e as atividades administrativas.

AB Notícia News
Jornal Nacional
Jornal Nacional/ Reprodução

construção civil foi o setor que mais criou empregos com carteira assinada no Brasil nos primeiros meses de 2023. As vagas foram impulsionadas principalmente pelo mercado imobiliário, mas também por obras públicas de infraestrutura.

Eronildo Soares, Elis Batista, Francisco Nascimento, Guilherme Rodrigues, Carlos Calassi e o mestre José Ribeiro dos Santos. Rostos por trás da estatística.

 

“Isso é minha vida. Eu amo trabalhar na construção civil. Muito trabalho, muito serviço, tem serviço para todos”, diz o mestre de obras José Ribeiro dos Santos.
 

Com os prédios, vão subindo o otimismo e a qualidade do emprego dos profissionais da construção civil. Pelo segundo ano seguido, o setor liderou a criação de vagas formais entre janeiro e abril - superando a indústria da transformação, a educação e as atividades administrativas.

 

“Essa retomada do emprego formal é o último passo de uma normalização do mercado de trabalho pós-pandemia. O que a gente está observando agora, principalmente final de 2022 e começo de 2023, é uma migração, na verdade, de vagas informais para vagas formais”, afirma Bruno Imaizumi, economista da LCA Consultores.

 

A fundação da construção civil é o crédito, que financia os projetos. O cenário, cheio de canteiros e novos trabalhadores, é reflexo do passado, quando o nível de juros no país era bem mais baixo. É que leva de três a cinco anos o ciclo completo: da busca pelo terreno, as vendas até a construção.

Agora é a criação de vagas para obras do governo que ganha ritmo. Olhando os dados de perto, uma em cada três contratações foi para obras de infraestrutura. O que no Recife interrompeu um período de nove meses de desemprego.

 

“A gente está conseguindo pagar o colégio das crianças ter uma alimentação melhor, e para família em geral”, celebra o carpinteiro Eronildo Soares.

 

 

A estabilidade da carteira assinada está deixando um pessoal subir mais alto.

 

“Com trabalho CLT, eu tenho diversos benefícios, eu tenho auxílio odontológico, vale refeição... Isso me ajuda bastante, porque sem o trabalho CLT, eu não ia conseguir pagar minha faculdade e, claro, ajudar em casa também”, conta o auxiliar administrativo Guilherme Rodrigues.

 

 

“Entrei de ajudante e hoje sou almoxarife. E, futuramente, um mestre de obra”, diz Carlos Caetano Calassi.

 

 

“Ampliar minha casa, trocar de carro, e também penso em fazer uma faculdade”, conta Elis Débora Batista, funcionária do setor administrativo.

 

E essa história não acaba aqui.

 

“A construção civil e, principalmente, aquela que está voltada para o mercado imobiliário. Até porque construção civil não é só mercado imobiliário, você tem infraestrutura, você tem outras obras. Ela movimenta outras 80 indústrias. Então, ela tem um efeito multiplicador enorme na economia”, afirma Alberto Ajzental, professor de economia da FGV.

 

“É um orgulho eu dizer para as pessoas que eu participei, que fui eu que construi", diz o servente de obras Francisco Silva Nascimento.


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