24/06/2023 às 12h57min - Atualizada em 26/06/2023 às 00h04min

Paraná confirma primeiro caso de gripe aviária, diz Adapar; doença foi identificada em ave silvestre

Adapar afirmou que confirmação não compromete condição sanitária do estado, que não deve ter restrições ao comércio de produtos avícolas. Paraná é o maior exportador de carne de frango do país.

G1
https://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2023/06/24/parana-confirma-primeiro-caso-de-gripe-aviaria-diz-adapar-doenca-foi-identificada-em-ave-silvestre.ghtml

Adapar afirmou que confirmação não compromete condição sanitária do estado, que não deve ter restrições ao comércio de produtos avícolas. Paraná é o maior exportador de carne de frango do país. Doença foi identificada em ave da espécie Trinta-réis-real, em Antonina
Reprodução/Elisa Ilha
O Paraná confirmou o primeiro caso de gripe aviária (H5N1) deste ano, de acordo com a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar). A doença, conhecida também como influenza aviária (IA), foi detectada em uma ave silvestre da espécie Trinta-Réis-Real, em Antonina, no litoral do estado.

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O diagnóstico foi confirmado na sexta-feira (23) pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo (LFDA-SP) e divulgado neste sábado (24). O LFDA é reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) como referência internacional no assunto.
Até o momento, não houve registro da doença em frangos no estado. A Adapar disse que investiga outros dois casos suspeitos.
Em maio, o Ministério da Agricultura (Mapa) decretou estado de emergência zoossanitária por seis meses em todo o Brasil por conta de novos casos de gripe aviária.
Desde que casos de gripe aviária começaram a ser registrados no Brasil, produtores do Paraná e o governo tem feito esforços para evitar a doença. O estado é o maior produtor e exportador de carne de frango do país.
Até este sábado (24), o Brasil teve 46 diagnósticos da doença em seis estados. Leia mais abaixo.
Perguntas e repostas:
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Produtos avícolas paranaenses sem restrições
De acordo com a Adapar, a confirmação da doença não compromete a condição sanitária do Paraná e do Brasil, por isso, "não deverão haver restrições ao comércio internacional de produtos avícolas paranaenses como consequência da notificação".
"Foram intensificadas as ações de vigilância em populações de aves domésticas e silvestres em todo estado, em especial nas regiões relacionadas a este evento. A depender da evolução das investigações e do cenário epidemiológico, novas medidas poderão ser adotadas pela Adapar para evitar a disseminação e proteger a avicultura paranaense", disse nota técnica da agência.
A Adapar também destacou que, na região onde o animal infectado foi encontrado, não há propriedades de produção comercial em um raio de 10 quilômetros.
Ainda de acordo com a Adapar, a agência foi notificada sobre o caso suspeito da doença em 21 de junho, iniciando, imediatamente, os procedimentos para colheita de material e envio e análise laboratorial.
Após a confirmação do diagnóstico, na sexta, a Adapar disse que vistoriou todas as propriedades da região de Antonina, onde não foram observadas aves com sinais clínicos de gripe aviária.
"O litoral do Estado do Paraná não possui uma produção avícola comercial expressiva, ficando distante de locais com a produção intensiva", afirmou nota técnica da agência.
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Em nota à imprensa, a Adapar afirmou que "promoveu a capacitação e o treinamento de profissionais em todas as Unidades Regionais do Estado, e conta com médicos veterinários com dedicação exclusiva e capacidade técnica elevada na área, para atendimento das questões sanitárias da cadeia avícola."
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Até este sábado (24), conforme a Adapar, a influenza aviária foi identificada em 46 aves silvestres nos seguintes estados:
Espírito Santo (26 focos)
Rio de Janeiro (13 focos)
Rio Grande do Sul (1 foco)
São Paulo (3 focos)
Bahia (2 focos)
Paraná (1 foco)
"Outras investigações em aves silvestres estão em curso no Paraná e em diferentes Unidades da Federação, fazendo com que estes números possam sofrer alterações. Ocorrendo novos focos no Paraná em aves silvestres, os procedimentos serão os mesmos descritos no caso 1 de Antonina", disse a agência.
A doença
Conforme a Adapar, a gripe aviária é uma doença viral altamente contagiosa que afeta aves domésticas e silvestres.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a doença pode ser transmitida para humanos, mas os casos são raros.
Quando ocorrem, entretanto, a taxa de mortalidade é alta: por volta de 52%. De acordo com a OMS, de 2003 a abril de 2023, 874 pessoas foram infectadas com H5N1 no mundo. Metade delas (458) morreram.
?O ASSUNTO: como vírus é transmitido e qual o risco de disseminação no Brasil
A Adapar explica que, entre as aves, o vírus que causa a doença possui transmissão horizontal ou transmissão indireta.
Na transmissão horizontal, uma ave se infecta por contato direto com outro animal doente ou por meio de secreções nasal, ocular ou fezes de aves infectadas.
Na transmissão indireta, a ave se infecta por meio de água, alimentos, trânsito de pessoas, equipamentos e carcaças contaminadas.
"A maioria dos casos de introdução do vírus da influenza aviária e da ocorrência de surtos em diversos países está relacionada ao contato de aves silvestres migratórias com aves de subsistência", explica a agência.
Como identificar sinais e reportar suspeitas no Paraná
Segundo a Adapar, qualquer pessoa que identifique animais com suspeita da doença devem comunicar o governo imediatamente. Não se deve encostar nos animais, vivos ou mortos.
Em aves, os sinais clínicos de gripe aviária se apresentam com andar cambaleante; torcicolo; dificuldade respiratória, e animal girando em seu próprio eixo.
A Adapar detalha que os casos podem ser reportados pessoalmente, em uma unidade da agência, ou no site adapar.pr.gov.br, no sistema e-Sisbravet.
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Credito G1



Fonte: https://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2023/06/24/parana-confirma-primeiro-caso-de-gripe-aviaria-diz-adapar-doenca-foi-identificada-em-ave-silvestre.ghtml


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