22/06/2023 às 08h04min - Atualizada em 22/06/2023 às 08h04min

Empresário autodidata abre negócio com R$ 8 mil e empresa passa a valer R$ 500 milhões

De motorista de caminhão a programador, Paulo Sérgio Justino é considerado "encantador de unicórnios"

AB Notícia News
Terra
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O empresário Paulo Sérgio Justino, fundador da FCJ Venture Builder, planeja uma carreira internacional com uma CVB americana, prevendo investimento de R$ 100 milhões até o fim de 2023. Ele, que começou sua empresa com R$ 8 mil, hoje tem a corporação avaliada em R$ 500 milhões.

Autodidata, Justino começou cedo no mundo dos negócios, e já fez quase tudo para continuar investindo em seu sonho. Quando criança, foi escoteiro, auxiliar de marceneiro, motorista de caminhão, programador e, atualmente, é CEO da CCJ Venture Builder.

 

Seu primeiro salário foi conquistado, em 1978, aos 12 anos, como assistente de escritório em uma loja de móveis, foi de um salário e meio, equivalente a 1.560 cruzeiros, na época. Com o dinheiro, comprou livros sobre programação e assinou a extinta Editora Abril.

Desde então, Justino, que é o primogênito de cinco filhos continuou se destacando. Ele, que foi escoteiro e começou a trabalhar cedo, ajudando o pai na marcenaria, também foi motorista de caminhão antes de se tornar um programador autodidata. Foi e 1991 que ele desenvolveu e lançou o Doctor Work, software com foco em consultórios médicos que garantiu sua entrada no mundo tecnológico. Por 10 anos ele atuou como gerente de informática e sistemas em uma empresa de atacadistas.

Apesar de possuir toda essa bagagem de conhecimentos, Justino ainda não estava realizado profissionalmente. Por isso, decidiu se formar em Administração de Empresas e Marketing, tornando-se consultor de processos downsizing da prefeitura de Uberlândia. Em 1999, foi neste emprego que ele criou mais um programa de informática, o Power City, que auxiliava na gestão de prefeituras e órgãos públicos.

Ele atuou por 15 anos como diretor comercial de empresas na área de tecnologia, até que em 2013 empreendeu fundando a FCJ Venture Builder, que começou com o investimento de R$ 8.000 e, hoje, a empresa é avaliada em R$ 500 milhões.

As pedras no caminho

Apesar do sucesso, nem tudo foram flores na trajetória do empresário. Paulo Sérgio Justino, em quase 40 anos de carreira, quebrou duas vezes. A primeira, aos 18 anos, com a marcenaria. Depois, aos 35, quando deixou de escrever um plano de negócios para a ItauTec.

Ao ter a ideia de abrir a FCJ Venture Builder, a maioria das pessoas para quem ele apresentou o projeto afirmou que a ideia estava fadada ao fracasso. No entanto, ele provou o contrário, tendo atualmente a maior empresa da área em toda a América Latina.

Mas o que é uma Venture Builder? Este tipo de empresa também é conhecido como “fábrica de sartups”, já que o modelo compartilha seus recursos como a infraestrutura, marketing, jurídico, contábil, entre outros, com as empresas que estão começando. A FCJ incorpora a cultura de Open Innovation (inovação aberta, em tradução livre), e ao invés de criar suas próprias startups, busca soluções no mercado para atuar com empreendedores que podem desenvolver suas ideias.

Com o desafio de empreender, Justino apostou no novo modelo de negócio e conseguiu vencer obstáculos de gestão, tornando-se um empresário de sucesso.

Caminho do sucesso

A FCJ Venture Builder foi fundada em 2013, com R$ 8.000. Até 2018, a empresa só tinha uma venture builder, e foi neste momento que a equipe percebeu a chance de lançar uma segunda. Em 2019, a empresa expandiu para quatro, e assim nasceu o modelo de “corporate venture builder” (CVB). O crescimento foi de 100% durante 8 anos consecutivos na empresa.

A CVB conta com mais de 230 startups, sendo 39 CVBs, e até o fim deste ano, a ideia é de expandir para 50. Ao todo, são 2.000 colaboradores diretos e indiretos. Para Justino, o segredo e manter boas pessoas em cargos de gestão.

Com menos de 10 anos da fundação da empresa, a FCJ já captou mais de R$ 32 milhões e tem um valuation de R$ 500 milhões, e o plano é continuar aumentando os números. A empresa realizou uma captação série A de R$ 8 milhões e até o final deste ano fará uma de série B no valor de R$ 100 milhões. Rumo à internacionalização, fecharam sua primeira CVB nos Estados Unidos, com foco em moda.  

“Persistência e propósito são palavras de ordem para mim. Temos que aceitar os desafios, por mais que sejam desconhecidos para nós. Por trás deles pode haver uma grande oportunidade inexplorada. As startups impactam não só a vida de quem sonhou com elas e correu atrás para realizar, mas também geram valor, empregos, e são capazes de modificar um ecossistema inteiro. É isso o que mais me encanta nesse mundo e, no que depender de mim, ainda irá crescer muito!”, comemora Paulo Sérgio Justino, CEO da FCJ Venture Builder.


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