19/06/2023 às 13h20min - Atualizada em 19/06/2023 às 13h20min

Bilionário da educação quer trazer nova escola internacional bilíngue para o Rio

Dono do Grupo SEB, Chaim Zaher prevê escola Concept na Zona Sul no ano que vem

AB Notícia News
O Globo
Divulgação

Dono de escolas como Concept, Carolina Patrício e AZ e maior acionista individual da Yduqs (Estácio e Ibmec), o empresário Chaim Zaher, do Grupo SEB, falou com a coluna sobre os planos de expansão — inclusive com novos negócios no Rio — e a perspectiva sobre fusões no setor de educação superior.

Quais são os planos de expansão mais imediatos do Grupo SEB?

Vamos levar a escola Concept (com modelo internacional e bilíngue) para o Rio no ano que vem, no máximo em 2025. Terá que ser na Zona Sul. Fiquei por anos tentando colocá-la em uma área no Jockey Club, mas não chegamos a um acordo. Então agora estou com uma equipe in loco olhando outros locais.

Onde será?

A ideia é ir para a mesma região. Precisamos ter no mínimo cinco mil metros quadrados. Em paralelo, quero ampliar a Carolina Patrício na Barra, inclusive com a construção de mais um prédio, e também levá-la para a Zona Sul. Fechamos recentemente uma unidade em São Conrado, mas porque tinha poucos alunos e só um segmento. Não tinha muito como crescer ali.

Ainda há espaço para escolas de elite em um mercado como o Rio?

Tem muito espaço. Mas o que eu vejo é que não montaria outras unidades de escolas como a Concept em nenhum outro mercado além de Rio, São Paulo e, talvez, Brasília. Embora tenhamos unidades em Salvador e Ribeirão Preto, é nessas grandes capitais que eu enxergo demanda.

E no caso do Maple Bear?

Ela é diferente. É bilíngue, mas tem um preço muito mais acessível. E também opera no modelo de franquia e também funciona com unidades pequenas, feitas para atender um condomínio, um bairro. São Paulo tem mais de 30. No Rio (onde já há 11 unidades), já estamos prontos para abrir mais quatro. Mas vejo tranquilamente espaço para ter 20 escolas na cidades.

E os planos para nível superior?

Comprei por R$ 31 milhões um prédio de oito andares no Centro, próximo ao Edifício Serrador, para onde vamos ter ainda este ano o ICT (Instituto de Treinamento em Cadáveres Frescos, voltado para alunos de medicina) e a IOA (Instituto Orofacial das Américas, uma pós-graduação de odontologia).

 

Estou convencido de que o Centro do Rio vai se transformar. Os preços estão fora da curva, atrativos demais, há os projetos de conversão de edifícios comerciais em moradia etc. A tendência é que haja uma explosão, com gente morando. Avalio até levar uma unidade do AZ para a região.

 

Há rumores de que grupos de universidade com ação em Bolsa podem se fundir. O sr. vê com bons olhos esse movimento?

É verdade que todo mundo está conversando com todo mundo. Mas não tem nada concreto ainda, até porque todos têm esperança de que haja uma recuperação dos papéis na Bolsa. E já está havendo, inclusive na Yduqs. Mas, ao mesmo tempo, isso não inibiria eventuais fusões. Vejo com muito bons olhos. Não há razão para ser contra a união de dois bons ativos.

Como vem sendo a recuperação do nível superior no pós-pandemia?

Ainda não veio como deveria vir. Tem espaço para muito mais. O que vem crescendo é o EaD (ensino à distância), mas é preciso recuperar o prazer de o aluno voltar para o presencial, pelo networking, pelos bons professores etc. O desafio é tornar o presencial mais atrativo, porque o aluno não aceita mais ir para a faculdade só para pegar o diploma. É isso que estamos mirando em Ribeirão Preto (SP), com uma faculdade voltada para o agronegócio.

Como está andando esse projeto?

Estamos montando lá o que chamamos de Cidade do Agro onde haverá centro de convenções, hotel e também uma universidade. O cara vai se formar como advogado, mas terá foco no agro, por exemplo. Pequenas cidades estão explodindo por causa do setor, e o objetivo é explorar essa demanda. A faculdade, com o nome de Harven Agribusiness School, já vai começar o processo de inscrições e tem meta de atingir 3,5 mil alunos em cinco anos. Já a Cidade do Agro como um todo, por ser muito maior, vai precisar de um investidor. Estamos falando de R$ 500 milhões para cima. Tenho conversado com fundos árabes que têm interesse, mas nada foi fechado.


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