16/06/2023 às 09h04min - Atualizada em 16/06/2023 às 18h02min

Dólar fecha em alta após cinco quedas seguidas, com dados econômicos e juros no radar

A moeda norte-americana subiu 0,34%, vendida a R$ 4,8186.

G1
https://g1.globo.com/economia/noticia/2023/06/16/dolar.ghtml

A moeda norte-americana subiu 0,34%, vendida a R$ 4,8186. Dólar opera em baixa nesta sexta-feira
Alexander Mils/Pexels
O dólar fechou a sessão desta sexta-feira (16) em alta, em um movimento de correção das baixas registradas nos últimos pregões. Investidores continuaram a monitorar eventuais sinais sobre juros no Brasil e nos Estados Unidos, além de digerirem decisões de política monetária na Europa, na China e no Japão.

Novos dados econômicos no Brasil e no exterior também estiveram no centro das atenções.
Ao final da sessão, a moeda norte-americana avançou 0,34%, cotada a R$ 4,8186. Veja mais cotações.
No dia anterior, o dólar fechou em leve queda de 0,09% e fechou cotado a R$ 4,8022, renovando o menor patamar em um ano. Com o resultado de hoje, a moeda passou a acumular quedas de:
1,18% na semana;
5,02% no mês;
8,70% no ano.
No mercado acionário, o Ibovespa fechou em queda e voltou aos 118 mil pontos.

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Na agenda de indicadores, o BC divulgou o Índice de Atividade Econômica (IBC-BR), considerado a "prévia" do Produto Interno Bruto (PIB). Em abril, o indicador registrou expansão de 0,56% na comparação com março, quando houve uma retração de 0,14%.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. Já o IBC-Br do BC é um índice criado para tentar antecipar o resultado do PIB, mas os resultados nem sempre mostraram proximidade com os dados oficiais divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Também na manhã desta sexta-feira, a FGV divulgou o Índice Geral de Preços 10 (IGP-10) de junho. Esse índice mede a inflação acumulada entre o dia 11 do mês anterior e o dia 10 do mês corrente e, em junho, teve uma queda de 2,20%, a maior redução em toda a série histórica, iniciada em 1993. Nos últimos 12 meses, a baixa acumulada é de 6,31%.
O IGP-10 é composto por três subíndices:
o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que me de a inflação no atacado e recuou 3,14% no mês;
o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com queda de 0,18% puxada pelo grupo de Transportes;
o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que foi o único que avançou, com alta de 1,19% em junho.
Esses resultados vão em linha com os dados observados na última divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE, que reflete a inflação oficial do país.
Em maio, o IPCA subiu 0,23%, numa forte desaceleração e bem abaixo das expectativas do mercado. Entre os grupos que mais caíram naquele mês, destaque também para Transportes.
Uma redução da inflação, segundo especialistas, reforça as expectativas de que o BC pode iniciar um ciclo de baixa na Selic, taxa básica de juros, em breve. A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) da instituição é na próxima semana.
Mercados internacionais
No exterior, investidores repercutiram as últimas decisões de políticas monetárias em diversos países.
Ontem, o Banco Central Europeu (BCE) elevou os custos de empréstimos pela oitava vez consecutiva, em 0,25 ponto percentual, para 3,5% ao ano, o mais nível em 22 anos. Hoje, o chefe do banco central belga, Pierre Wunsch, disse que o BCE só vai interromper o ciclo de altas se observar uma "queda substancial" da inflação.
Mais cedo, foi divulgado o Índice de Preços ao Consumidor da zona do euro, que apresentou alta acumulada de 6,1% nos últimos 12 meses até maio, ante 7% em abril.
No Japão, "o limite para o rendimento dos títulos do governo japonês de 10 anos foi mantido em 0,5% e as taxas de juros de curto prazo continuam em -0,1%", apesar de uma inflação mais forte que o esperado, destaca a equipe de análise do BTG Pactual.
Ainda no continente asiático, a China cortou algumas de suas principais taxas de juros no dia anterior, como forma de tentar estimular a atividade na segunda maior economia do mundo, que vem desacelerando. O governo chinês deve anunciar, em breve, novos estímulos econômicos.

Credito G1



Fonte: https://g1.globo.com/economia/noticia/2023/06/16/dolar.ghtml


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