TV Globo/ReproduçãoO ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump deverá comparecer nesta terça-feira (13) a um tribunal da Justiça Federal em Miami, no estado da Flórida, para ouvir as acusações feitas contra ele pelo Departamento de Justiça do país (veja abaixo quais são as acusações).
Essa é a segunda vez que ele enfrenta acusações criminais. No caso anterior, de abril, ele é acusado de pagar pelo silêncio de uma atriz pornô. É um processo que corre na Justiça do estado de Nova York, e não na Justiça Federal.
Analistas jurídicos consideram que a acusação mais recente, feita pelo Departamento de Justiça, é mais significativa, pois é relacionada a uma eventual ameaça à segurança nacional e os crimes dos quais Trump é acusado ferem a Lei de Espionagem. Se houver condenação, a sentença de prisão deve ser significativa.
Na segunda-feira, 12 de junho, Trump viajou para a Flórida. Ele partiu da cidade de Newark, no estado de Nova Jersey.
As autoridades do estado da Flórida estão preocupadas com possíveis manifestações perto da região do tribunal (militantes que apoiam Trump viajaram de outros cidades para recepcionar o ex-presidente).
Nesta terça-feira, na primeira audiência na Justiça, Trump vai ser fichado, ser levado a uma sala com uma juíza e provavelmente vai ficar em silêncio ao lado de seus advogados, até que a juíza dê permissão a ele para falar. Não se sabe se ele ai se declarar inocente ou culpado.
Após sua aparição em tribunal, Trump retornará ao estado de Nova Jersey, onde há dois eventos programados:
Na sexta-feira, 9 de junho, o Departamento de Justiça divulgou a acusação contra Trump.
De acordo com o órgão, Trump reteve documentos sigilosos, cometeu o crime de obstrução da Justiça, deu declarações falsas e cometeu outros crimes.
Ele reteve diversos documentos sigilosos, inclusive alguns que tinham informações sobre as armas nucleares dos EUA, informações sobre a capacidade nuclear de outro país.
Os promotores afirmam que Trump exibiu os documentos para pessoas que não tinham autorização para ler esses papéis: um escritor, um editor e dois de seus funcionários puderam ver o que havia em alguns dos documentos.
Posteriormente, Trump ainda tentou esconder de seus próprios advogados que ainda estava com uma parte dos papéis (os representantes de Trump tentavam devolver os documentos).
As principais acusações acarretam uma pena de até 20 anos de prisão
