O Brasil gerou 180 mil empregos com carteira assinada em abril deste ano, informou nesta quarta-feira (31) o Ministério do Trabalho e Emprego.
O dado consta do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e representa o saldo líquido (contratações menos demissões) da geração de empregos formais.
Ao todo, segundo o governo federal, foram registrados em abril:
O resultado representa queda em relação a abril do ano passado, quando foram criados 205,49 mil empregos formais. O recuo foi de 12,4% nesta comparação.
Em abril de 2020, durante a pior fase da pandemia, foram fechados 981,69 mil postos de trabalho e, no mesmo mês de 2021, foram abertas 89,84 mil vagas formais.
A comparação dos números com anos anteriores a 2020, segundo analistas, não é mais adequada porque o governo anterior mudou a metodologia.
De acordo com o Ministério do Trabalho, 705,7 mil de vagas formais de emprego foram criadas no país nos quatro primeiros meses deste ano.
O número representa recuo de 14,5% na comparação com o mesmo período de 2022, quando foram criadas 825,49 mil vagas.
Os números do Caged de abril de 2023 mostram que foram criados empregos formais em todos os setores da economia.
O governo também informou que o salário médio de admissão foi de R$ 2.015,58 em abril deste ano, o que representa alta real (descontada a inflação) em relação a março desse ano (R$ 1.971,11).
Na comparação com abril de 2022, também houve aumento no salário médio de admissão. Naquele mês, o valor foi de R$ 1.980,61.
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados consideram os trabalhadores com carteira assinada, isto é, não incluem os informais.
Com isso, os resultados não são comparáveis com os números do desemprego divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), coletados por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (Pnad).
Os números do Caged são coletados das empresas e abarcam o setor privado com carteira assinada, enquanto que os dados da Pnad são obtidos por meio de pesquisa domiciliar e abrangem também o setor informal da economia.
Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (31) mostram que a taxa de desemprego no Brasil foi de 8,5% no trimestre móvel terminado abril. Essa é a menor taxa para um trimestre encerrado em abril desde 2015, quando ficou em 8,1%.