Presente na coletiva de imprensa, o secretário da Segurança Pública, Sandro Caron, foi enfático ao priorizar o combate à criminalidade no Estado. "Vou deixar bem claro. Grupo criminoso que praticar homicídio ou extorsão de moradores ou comerciantes entrará na nossa lista de prioridade e será desarticulada. Quem não entender esse recado vai acabar preso como nesta grande operação realizada pela Polícia Civil", enfatizou.
A investigação, coordenada pelo delegado Filipe Bringhenti, apurou a criação de um esquema de lavagem de dinheiro patrocinado por membros de uma organização criminosa com o objetivo de mascarar a origem ilícita de valores provenientes do tráfico de drogas e, principalmente, de extorsões praticadas conta moradores de um loteamento no município de Viamão.
Cada um dos moradores dos cerca de 600 lotes era compelido a pagar uma mensalidade à associação. Aquele que não adimplisse era ameaçado, agredido e expulso da comunidade. Os valores das extorsões eram depositados nas contas da associação e passavam por “contas de passagem” antes de aportarem nas contas dos criminosos e de empresas constituídas por eles ou por terceiros (laranjas).
A empresa que mais foi beneficiada e que teve crescimento desproporcional foi uma barbearia, com abertura de diversas franquias, inclusive no Rio de Janeiro, e com seus proprietários ostentando vida de muito luxo. A estimativa é de que, em 2 anos e meio, cerca de R$ 33 milhões tenham sido lavados por meio da rede de estabelecimentos.