Os autores do artigo reiteram que o C5 está presente no plasma sanguíneo e integra o chamado sistema do complemento, que é parte da resposta imune responsável por formar as proteínas que induzem uma série de respostas inflamatórias destinadas a combater a infecção.
Quando ocorre uma inflamação, o peptídeo é ativado (tornando-se a molécula C5a) e passa a ter função pró-inflamatória. "Esse aumento da produção de C5a está ligado a uma série de doenças inflamatórias, como sepse, artrite reumatoide, doença inflamatória do intestino, lúpus, psoríase e também a lesão pulmonar observada em casos graves de covid-19", explicam os autores.
No novo estudo, os camundongos envolvidos apresentaram melhora da inflamação. A equipe também demonstrou que, ao bloquear esse sistema, o controle da infecção não é alterado.
"Quando o anticorpo se liga à molécula de C5a, ele impede a ação no receptor. Isso significa que os testes clínicos estão trabalhando na mesma via que estamos estudando, sinal de que estamos no caminho certo", estimam os pesquisadores.
Anteriormente, cientistas da USP desenvolveram um método que prevê a gravidade da covid-19 através do plasma sanguíneo.