O jogador teve revelados trechos de suas conversas com um apostador, que primeiro pedia para que Bauermann levasse cartão amarelo no jogo contra o Avaí, no último Brasileirão.
Ele teria feito o pagamento antecipado, e como o defensor não cumpriu o acordo, a cobrança foi pela expulsão na rodada seguinte, contra o Botafogo, como de fato ocorreu (só que após o apito final).
Além de uma possível punição desportiva, o zagueiro pode responder por três diferentes crimes: associação criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção em âmbito esportivo.
De acordo o artigo 243 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), Eduardo Bauermann pode ser penalizado com multa, suspensão e até exclusão do futebol:
Há, ainda, o artigo 242: "dar ou prometer vantagem indevida (...) de qualquer modo influencie o resultado de partida, prova ou equivalente". Neste, a multa vai de R$ 100,00 (cem reais) a R$ 100.000,00 (cem mil reais), além da exclusão do esporte direta, sem necessidade de reincidência.
As investigações colocam os clubes como vítimas, assim como as casas de apostas. A possibilidade de anulação de partidas não é considerada viável. Os jogadores envolvidos é que poderão ser julgados, assim como aliciadores e apostadores.
Quando foi revelado que era alvo de investigação, no fim de abril, Eduardo Bauermann se posicionou em nota oficial, negando "vigorosamente qualquer envolvimento com apostas esportivas ou esquema fraudulento de manipulação em partidas de futebol ou qualquer outro esporte".
O Santos vinha dando respaldo ao zagueiro, que se manteve como titular da equipe e só não atuou na derrota do fim de semana para o Cruzeiro, pois estava suspenso. O clube vai avaliar nesta terça qual decisão tomar em relação ao jogador.