08/05/2023 às 14h55min - Atualizada em 09/05/2023 às 00h10min

Viver no exterior em 2023? Saiba como se preparar financeiramente para emigrar para os EUA e países da Europa

Para o visto imigratório, será necessário desembolsar em torno de 22 mil dólares, enquanto para a Europa, entre 4.5 mil e 5 mil euros. Planejamento financeiro e reserva são fundamentais

SALA DA NOTÍCIA D4U Immigration

Todos os anos milhares de brasileiros escolhem deixar o Brasil e apostar em uma nova vida em outro país, como é o caso de 4,2 milhões de pessoas, de acordo com estimativas do Ministério das Relações Exteriores. No final do ano passado, o IBGE informou que, entre 2010 e 2020, houve um crescimento de 35% no número de pessoas que deixaram o Brasil e migraram para outros países. Parte desses brasileiros deixam o país como expatriados ou com uma proposta de trabalho formalizada, enquanto outros saem do Brasil em busca de oportunidades e sem algo previamente definido. No entanto, seja qual for o motivo, uma etapa é crucial em qualquer situação: planejar-se financeiramente. 

A consultoria especializada em vistos imigratórios D4U Immigration tem auxiliado, desde 2015, brasileiros e migrantes de outras partes do mundo a experimentar a vivência nos EUA e em países na Europa. Wagner Pontes, fundador da D4U, explica que aqueles que desejam ter a experiência de viver uma outra cultura, seja sozinho ou com toda a família, precisam se planejar antes de qualquer coisa. “Aquele brasileiro que almeja ter uma experiência no exterior precisa ter em mente que o primeiro passo é o planejamento, além de entender se pode ser elegível a pleitear um visto imigratório que lhe garanta estabilidade e residência permanente, como o green card, no caso dos EUA”, explica o executivo. 

 

Planejamento e reserva financeira são determinantes para dar suporte ao processo migratório 

Em relação ao investimento necessário para realizar a mudança de país, caso o emigrante opte pela categoria de visto EB2-NIW, que lhe confere a residência permanente e é destinado a profissionais que consigam demonstrar ao departamento de imigração americano que sua área de atuação está de acordo com os interesses dos EUA, o pleito imigratório para ele e mais três pessoas de sua família gira em torno de 22 mil dólares, incluindo as despesas com a assessoria imigratória e a aplicação do visto. Para uma pessoa que irá emigrar sozinha, o valor cai para cerca de 19 mil dólares.  

Além dos custos com o visto imigratório, o emigrante deve se preocupar também com todas as despesas que virão após a mudança efetiva de país, como locação ou compra de um imóvel, contratação de serviços diversos para a residência e para a família, compra de móveis e decoração, entre outros. O valor que a família irá precisar desembolsar pode variar bastante, pois é necessário avaliar alguns fatores, como estilo de vida de todos. “É importante avaliar se a pessoa vai adquirir, ao chegar, veículos para se locomover, se dão preferência a alimentação em casa ou em restaurantes, além de outros fatores que podem impactar financeiramente no médio e longo prazos. No caso de um casal com crianças, com a compra de automóveis (entrada), a locação e o mobiliário da residência, estima-se um gasto entre 20 e 30 mil dólares, o que pode ser considerada uma quantia que demanda planejamento prévio”, destaca o especialista em imigração.   

O executivo explica que recomenda a todos os emigrantes que contratam a assessoria imigratória com foco no país norte-americano uma reserva financeira equivalente a seis meses do custo de vida da pessoa ou da família, caso deseje emigrar com todos os integrantes. “É necessário atentar-se ao estado escolhido, já que os custos de vida são bastante diferentes. Hoje, os estados da Califórnia e de Nova York são considerados os mais caros para se viver, em razão dos impostos estaduais. O melhor custo de vida está relacionado ao estilo de vida da pessoa ou família. Os estados da Flórida e do Texas são os que têm atraído mais pessoas nos últimos anos por conta de empresas que têm se instalado na região e não necessitam arcar com impostos estaduais”, comenta Wagner.  
 

Europa: atenção redobrada ao planejamento antes de emigrar  

Embora o continente europeu esteja sendo diretamente impactado por acontecimentos diversos e pelo prenúncio de uma recessão em 2023 anunciada por muitos economistas que mais tarde voltaram atrás no início do ano, o interesse pela possibilidade de viver em países da Europa não sofreu as consequências. A Lexidy, um dos maiores escritórios especializados em imigração na Europa e parceira comercial da D4U, confirma que a procura por trâmites imigratórios mantém em ritmo crescente e que os destinos mais procurados pelos viajantes são Espanha e Portugal.   

O planejamento financeiro também é etapa fundamental a quem deseja fixar residência na Europa. Giancarlo Ostetto, gerente do escritório da Lexidy em Madri, afirma que, em média, o interessado deverá se preparar para investir entre 4.5 mil a 5 mil euros para o requerente principal e entre 3 mil e 3.5 mil euros para cada familiar. “O imigrante que tem a intenção de vir para a Europa terá custos com os honorários (Legal Fees) e, além deles, em Portugal, com taxas pela legalização de documentos (procuração, registos criminais, certidões de nascimento, casamento), e com o pedido de visto no Consulado, SEF, seguro de saúde e de viagem”, afirma o executivo. 

No caso de Portugal, depois dos trâmites de vistos para o processo migratório em si, o brasileiro que desejar se instalar no país terá como principais despesas a locação da moradia, que poderá ser entre 500 a 1500 euros mensais, dependendo do imóvel, do local da habitação, da tipologia, além dos gastos relacionados com água, energia elétrica, internet e linha de celular somando entre 250 e 350 euros por mês. Já na Itália, por exemplo, se pode traçar uma distinção maior entre Norte e Sul, por exemplo. Oito dos dez bairros mais "caros" estão localizados em Milão. “As despesas com aluguéis variam muito também e, em média, estão entre 600 a 2.000 euros por mês, além das despesas com energia, gás e água (ou condomínio), que podem chegar facilmente aos 300 euros mensais, enquanto alimentação/supermercado por pessoa pode custar uma média de 300 a cada 30 dias”, explica Giancarlo. 

Embora o custo de vida tenha aumentado na maioria dos países da Europa em que a Lexidy atua, o país que se destaca é a França, seguida pela Itália. Na sequência, Grécia e Espanha e, por último, Portugal. “Isso se dá por uma série de características e fatores, como a quantidade de taxas pagas em cada país e a capacidade de compra da população. Se formos falar em países com maior poder de compra, a França também lidera nossas jurisdições, seguidas pela Espanha, Itália, Portugal e Grécia”, conclui. 

Assim como a D4U Immigration, a Lexidy também recomenda aos imigrantes que desejam ter a experiência de uma vida na Europa fazer uma reserva financeira para o caso de uma situação de emergência. Em Portugal, de acordo com os requisitos de quase todos os tipos de vistos, o requerente principal deverá ter 12 vezes o salário-mínimo nacional, o cônjuge 50% deste valor e os dependentes 30% desse valor. Em números, equivalem a 9.120 euros (760 euros x 12 meses) para o requerente, para o(a) cônjuge 4.560 euros e dependentes 2.736 euros. Valores similares são solicitados também para a Itália, porém em proporções diversas e dependendo sempre do tamanho da família.  

 


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