06/05/2023 às 09h23min - Atualizada em 06/05/2023 às 09h23min

Justiça negou pedidos de medida protetiva para mulher morta pelo marido em Bangu

Homem chegou a sequestrar a criança, que ficou desaparecida por um ano e quatro meses. O menor foi devolvido à mãe em fevereiro deste ano

AB Notícia News
O Dia
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Rio - Aline Oliveira da Silva, de 41 anos, morta nesta sexta-feira (5) pelo ex-marido em Bangu, teve negado pela Justiça diversos pedidos de medidas protetivas. A última solicitação feita pelos advogados de defesa de Aline foi em 23 de março deste ano e não foi atendida, até então, pelo 2º Juizado de Violência Doméstica de Bangu. O suspeito, Marcius dos Reis Resender de Oliveira, também teve dois pedidos de prisão negados pela Justiça.
Ele foi descrito como uma pessoa extremamente possessiva e ciumenta e tinha 'muito ciúme da família de Aline, de amigos e irmãos da igreja'.

 
De acordo com informações obtidas pelo DIA, a última decisão da Justiça sobre o caso determinou a guarda provisória unilateral para a mãe, mas o ex fugiu com a criança, que ficou desparecida por um ano e quatro meses. O menino foi encontrado em fevereiro deste ano em Brasília e o pai estava planejando tirá-lo do país.
Nesse período, a 33ª DP (Realengo) e o Ministério Público pediram a prisão de Marcius, mas o pedido foi negado pela Justiça, dando apenas uma medida protetiva para a criança. Anteriormente, a defesa também fez um outro pedido de prisão em nome do acusado, que também foi negado.
O atrito entre o casal teria começado após uma briga motivada por ciúmes, na qual o homem saiu de casa e levou a criança sob ameaça. A partir desse momento, ele passou a proibir Aline de ver a criança e entrou com uma ação, vindo a obter a guarda unilateral. A decisão conseguiu ser revertida pela defesa, alterando a guarda para alternada. No entanto, o pai voltou a descumprir as ordens judiciais e a guarda provisória unilateral voltou a ser de Aline. Foi então que o pai sumiu com a criança. 
Quando o menino foi recuperado pela mãe, há três meses, ela começou a receber uma série de ameaças do ex-marido. Foi quando a defesa de Aline começou a entrar na Justiça com pedidos de medida protetiva. Todas as tentativas foram em vão.
Em 2019, Aline registrou boletins de ocorrência contra o ex-marido por estupro e cárcere privado. Na ocasião, ele a manteve presa por oito dias e a estuprou. Assim que ela conseguiu fugir, fez um boletim de ocorrência.


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