De acordo com um novo relatório do WEF (World Economic Forum), 23% das vagas de emprego devem desaparecer nos próximos 5 anos. O relatório deixa claro que essa transformação será o resultado do desaparecimento de algumas funções e surgimento de outras, portanto não deve ser interpretado como indício de desemprego. Dentre os principais fatores para contribuir com essa alteração será a automação e novas tecnologias, sustentabilidade e crescimento econômico lento.
Mesmo assim, existe a expectativa de uma retração de 2% da força de trabalho global nos próximos 5 anos. De acordo com o WEF, empresas esperam que 83 milhões de empregos serão perdidos, compensados pela criação de 69 milhões de novas funções. A projeção gera um déficit de 14 milhões de posições eliminadas, sem opções de substituição. Apesar de estarem no centro das atenções, a inteligência artificial é um dos fatores que não preocupou muito as empresas pesquisadas. A IA foi classificada como nova tecnologia capaz de gerar mais vagas de emprego do que eliminar, ao lado do e-commerce, apps e plataformas digitais.
De acordo com o relatório, as empresas entrevistas afirmam que a 'transição verde' das empresas resultará em inúmeros cargos. O WEF aponta para as posições de Especialistas em Sustentabilidade, Engenheiros de Energia Renovável e Engenheiros de Sistemas e Instalação de Energia Solar, como alguns dos cargos com maior crescimento nos últimos anos.
Outros cargos como análises de big data, tecnologias de gerenciamento ambiental de mudanças climáticas, criptografia e segurança cibernética devem impulsionador as criações de novas funções. Assim como plataformas digitais, aplicativos, comércio eletrônico e IAs. O Fórum Econômico Mundial aponta a automação como o único segmento capaz de reduzir empregos sem gerar novas funções. A expectativa é que os robôs assumam as funções de humanos, resultando em perda de 11,4% das vagas de trabalho.
Funções administrativas e posições tradicionais em segurança, fábrica e comércio, como caixas, contabilidade, trabalho manual em fábricas devem ser algumas das funções mais afetadas pela transição. Outro fator a ser levado em consideração é a crise econômica. Para os entrevistados, o lento crescimento econômico, associado a inflação pode colocar pressão demasiada nos empregos, gerando um deslocamento de cargos e demissões, o que deve dificultar a transição para os empregos do futuro.
RELATÓRIO DA WEF APONTA RETRAÇÃO DE 2% DA FORÇA DE TRABALHO GLOBAL, MAS MUITAS NOVAS FUNÇÕES DE TRABALHO DEVEM SURGIR NOS PRÓXIMOS ANOS