02/05/2023 às 15h38min - Atualizada em 03/05/2023 às 00h00min

Como a tecnologia auxilia a tomada de decisão do produtor rural na aplicação de agroquímicos

Imagens de satélites, drones e softwares são algumas das novidades apresentadas na Agrishow em Ribeirão Preto, SP, para otimizar recursos e aumentar produtividade das lavouras.

G1
https://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/estacao-agro/noticia/2023/05/02/como-a-tecnologia-auxilia-a-tomada-de-decisao-do-produtor-rural-na-aplicacao-de-agroquimicos.ghtml

Imagens de satélites, drones e softwares são algumas das novidades apresentadas na Agrishow em Ribeirão Preto, SP, para otimizar recursos e aumentar produtividade das lavouras. Drone mapeia lavoura para localizar ervas daninhas
Combater pragas na lavoura é um desafio contínuo no dia a dia da produção de alimentos. O uso de agroquímicos, tão debatido por questões que visam equilibrar saúde, sustentabilidade e produtividade, tem sido revolucionado pelo incremento de tecnologias cada vez mais assertivas.
Em Ribeirão Preto (SP), a maior feira de tecnologia para o agronegócio do país, a Agrishow, reúne expositores que apresentam soluções envolvendo precisão na aplicação de químicos nos cultivos, otimização de tempo e de recursos hídricos.

“O agricultor vai aplicar o produto no lugar certo e consegue fazer uma melhor gestão do estoque, do tempo e do manejo ambiental”, afirma Alan Castro, coordenador de desenvolvimento do Xarvio, do grupo Basf.
g1 mostra Agrishow 2023 em fotos
A empresa oferece uma plataforma que fornece dados baseados em imagens de satélites e que trabalha algoritmos inteligentes com foco no incremento de produtividade, levando em conta aspectos como sementes, adubação e o timing de aplicação.
“Ele vai dizer para o agricultor o melhor momento da entrada de uma aplicação de fungicida na cultura do milho, por exemplo. Ele entrega o melhor momento que poderia ter de precipitação de uma doença em determinada área e maior assertividade na hora de entrar com o fungicida”, explica Castro.
O uso de drone é outro ponto favorável ao produtor rural. O equipamento realiza voos de mais ou menos 120 metros de altura e tem rendimento aproximado de 100 hectares por hora, ou seja, no final do dia são de 600 a 700 hectares mapeados.
“Em 24 horas, o agricultor consegue pegar essa imagem e transformar ela num mapa de aplicação, que é o que o Xarvio entrega pronto com as imagens de satélite”, diz Castro.
Drone que utiliza a tecnologia Xarvio, da Basf, analisa lavoura para identificar pragas e oferecer mais assertividade na pulverização
Divulgação
A partir do voo do drone, é possível ter o mapa de controle de plantas daninhas e, com isso, o agricultor consegue reduzir em 61% a utilização dos produtos químicos.
O Xarvio já apresenta solução de mapeamento digital de plantas daninhas voltado ao cultivo da soja e do algodão e, agora, a cana-de-açúcar.
Já o modelo Arbus 4000 Jav, fabricado pela Jacto, é direcionado à fruticultura, voltado exclusivamente ao cultivo de laranja. Ele executa todo o trabalho de pulverização sem a necessidade de um operador atuar presencialmente dentro dela.
“Ela funciona apenas com supervisão, ou seja, o operador pode estar na sede da fazenda ou algum outro local que através de um tablet é possível controlar toda a ação da Jav”, explica Rodrigo Madeira, gerente de negócios da Jacto.
O modelo autônomo Arbus 4000 Jav, fabricado pela Jacto, para pulverização de lavouras
Divulgação
A máquina tem diversos sensores que permitem que ela tome várias ações durante o processo de aplicação do agroquímico. Esses sensores enxergam o tamanho das plantas, conseguindo adequar o equipamento, e conseguem definir se o produto deve ser jogado mais de um lado do que do outro do pé, tudo isso de forma proporcional.
“Consigo dosar a água e o ar que é empurrado para dentro da planta com o produto químico, então é uma questão sustentável porque eu consigo aplicar exatamente a quantidade que a planta precisa. São oito ventiladores independentes acionados por um motor elétrico, que também reduzem o consumo de combustível”, diz Madeira.
A One Smart Spray, outra marca ligada a BASF, apresenta na feira câmeras instaladas no braço do pulverizador que fazem o reconhecimento da diferença da cultura e da erva daninha.
“Sempre que as câmeras identificam as ervas, elas acionam um comando para liberar a válvula de maneira que a pulverização seja seletiva, ou seja, o agrotóxico vai ser aplicado apenas onde existe a necessidade e não mais na cultura toda”, explica Rodrigo Lima, diretor da empresa.
Câmeras instaladas no braço do pulverizador conseguem diferenciar erva daninha da planta do cultivo
Divulgação
Essa tecnologia pode ser usada na soja, no milho, no girassol e também no algodão, tanto para os produtores da agricultura familiar como os grandes produtores.
“Como o sistema é flexível, ele se ajusta ao tamanho de qualquer máquina, então qualquer tipo de produtor pode utilizar esse equipamento, que garante 95% da eliminação das ervas daninhas. Como é um sistema seletivo, ainda reduz o consumo do agrotóxico”, explica Lima.
O foco da eficácia é de 95%. “Quando se faz uma aplicação seletiva, a meta é manter a mesma eficácia da pulverização que é feita em escala, ou seja, na lavoura toda. A economia está diretamente ligada ao tamanho da área e à quantidade de ervas”.
Leia mais notícias da Agrishow no g1 Ribeirão e Franca

Credito G1



Fonte: https://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/estacao-agro/noticia/2023/05/02/como-a-tecnologia-auxilia-a-tomada-de-decisao-do-produtor-rural-na-aplicacao-de-agroquimicos.ghtml


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