A Secretaria Nacional do Consumidor, órgão do Ministério da Justiça e Segurança Pública, abriu processo administrativo sancionador contra a Hurb, nesta segunda-feira, por desrespeito aos direitos dos consumidores que compraram pacotes de viagens com a plataforma e enfrentram problemas para viajar. Em nota, o secretário Wadih Damous classificou de “inaceitável” a situação dos clientes da companhia.
O processo se dá após O GLOBO e outros veículos de imprensa mostrarem saltos nas queixas de consumidores da Hurb e calotes a hotéis. Além disso, como a coluna Capital contou, o cofundador e CEO da plataforma, João Ricardo Mendes, debochou, xingou e expôs dados de clientes na internet. Nesta segunda-feira, ele renunciou ao cargo.
“São milhares de consumidores e consumidoras em todo o Brasil prejudicados pelo desrespeito aos contratos por parte da Hurb. Tal cenário é inaceitável e obriga a Senacon a adotar as medidas que lhe cabem por força de disposição legal”, afirmou.
As medidas cabíveis vão de multas – que podem chegar até R$ 13 milhões – até a suspensão da companhia.
Segundo o órgão, nos três primeiros meses de 2023, foram mais de 7 mil queixas contra a Hurb, contra 12 mil em todo o ano de 2022. O índice de solução das demandas na plataforma consumidor.gov caiu de 64% (2022) para 50% (2023).
A Hurb já havia sido notificada no ano passado sobre as denúncias, mas as respostas apresentadas foram consideradas insuficientes pela Senacon.