24/04/2023 às 08h31min - Atualizada em 24/04/2023 às 08h31min

França fecha Embaixada no Sudão, e EUA, Reino Unido e Espanha retiram cidadãos do país

Conflitos se escalam na capital, Cartum, onde Exército enfrenta grupo paramiliatar Forças de Apoio Rápido. Mais de 420 já morreram.

AB Notícia News
G1
Reprodução/Globo

Diante da escalada dos conflitos entre as Forças Armadas do Sudão e um grupo paramilitar na capital Catrum, países como Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido e Espanha retiraram todos os seus cidadãos de lá nesta segunda-feira (24).

Também nesta segunda, a França decidiu fechar sua Embaixada no Sudão.

 

O conflito acontece há quase dez dias. Tropas do Exército enfrentam as Forças de Apoio Rápido (FAR), um grupo de dissidentes das Forças Armadas. Os dois lados, que até agora comandavam juntos o país após um golpe militar em 2021, romperam e agora lutam pelo controle do governo nacional.

 

Até esta segunda, mais de 420 pessoas morreram e cerca de 3.700 ficaram feridas, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). Os confrontos acontecem essencialmente em Cartum, a capital - onde a violência é atípica - e na região de Darfur, no oeste do país.

 

A violência também deslocou dezenas de milhares de pessoas para outros estados no Sudão ou aos países vizinhos Chade e Egito.

 

'Retirada complexa e rápida'

 

Exército da Alemanha anunciou que removeu 101 pessoas do Sudão com um avião militar.

"O primeiro Airbus A400M está a caminho da Jordânia com seus 101 evacuados", informou o Exército alemão, acrescentando que outros dois aviões foram enviados ao país africano para participar das operações de remoção.

Já a França lançou uma "operação de retirada rápida", disse o Ministério das Relações Exteriores neste domingo. A iniciativa inclui também cidadãos europeus e de países aliados. Um primeiro voo levou cem pessoas nesta manhã.

 

No domingo (23), a Itália retirou todos os cidadãos que pediram para sair do Sudão, anunciou a primeira-ministra Giorgia Meloni, que pediu o "fim da guerra e início das negociações".

"Todos os nossos cidadãos que pediram para sair foram retirados", declarou em um comunicado. "Junto com eles, há também cidadãos estrangeiros", acrescentou.

A Espanha retirou cerca de cem pessoas em um avião militar, sendo cerca de 30 espanhóis e outras 70 de nacionalidades europeias e latino-americanas, informou o Ministério das Relações Exteriores na noite de domingo.

"O avião militar espanhol decolou de Cartum pouco antes das 11 da noite (18h de Brasília) com cerca de 100 passageiros", indicou o comunicado, que afirmou que o avião está a caminho de Djibouti.

O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, informou que o Exército de seu país realizou uma "retirada complexa e rápida" de diplomatas britânicos e suas famílias.

Os Estados Unidos também levarm de volta o corpo diplomático de Cartum com helicópteros, disse o presidente Joe Biden em um comunicado.

O Programa Mundial de Alimentos alertou que milhões podem passar fome devido à violência, no terceiro maior país da África, onde um terço da população precisa de ajuda humanitária.


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