14/04/2023 às 15h47min - Atualizada em 16/04/2023 às 00h10min

PRESIDENTE DA FERROFRENTE PEDE REGULAMENTAÇÃO URGENTE DA POLÍCIA FERROVIÁRIA FEDERAL

Medida ajudaria a combater o ataque aos trens que transportam soja para o Porto de Santos

SALA DA NOTÍCIA Morgana Oliveira
https://ferrofrente.org
Ferrofrente
Os ataques constantes aos trens que transportam soja para o Porto de Santos vêm provocando prejuízos financeiros e risco à vida de trabalhadores das concessionárias dos transporte ferroviário e os moradores próximos das ferrovias da Baixada Santista. Apesar que apenas 0,16% da malha ferroviária administrada pela Rumo ficar na região somente em janeiro aconteceram 45% dos crimes por aqui. 

José Manoel Ferreira Gonçalves, presidente da Ferrofrente, destaca que vem alertando há tempos sobre os riscos pelas ferrovias so País. Ele cita a necessidade urgente da regulamentação da Polícia Ferroviária Federal. " Há um projeto de lei no Senado Federal, mas não há nenhuma articulação para que seja regulamentada a atividade importantíssima da Polícia Ferroviária. Não há regulação a respeito do assunto.  Uma polícia com um plano de carreira, com cargos de agentes e de inspetores. Não há uma ação firme no setor. As empresas terceirizadas de carga, que são as concessionárias, não têm verdadeiramente se preocupado com isso. É preciso organizar patrulhamentos preventivos, planejados com ação de inteligência de segurança, usar tecnologias para a redução não só das perdas e dos furtos mas também para cuidar da imagem. A quem interessa invadir faixa de domínio? A quem interessa furtar carga na calada da noite? Isso não tem sentido. Outra coisa. Vigilante particular não pode fazer segurança pública. Então é preciso com urgência haver a regulação da atividade que é fundamental para trazer segurança e paz a todos que utilizam nossas ferrovias", afirmou o engenheiro. Citou também a falta de políticas publicas para redução de perdas e furtos, mas sobretudo uma política pública para preservação da vida das pessoas, da integridade do sistema.


José Manoel lembrou também que existe omissões graves da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). "É uma agência decorativa. Continua alheia a tudo. Cabe ao Senado Federal demitir todos os que estão lá e que vêm do governo anterior. É preciso refazer a ANTT. Falta coragem, capacidade de comunicação e convecimento e ações integradas para solucionar os problemas".

Ele afirmou que produtores, trades e  as concessionárias precisam fazer funcionar a coisa certa. "Em 2020, caíram pelas estradas mais de 1,5 milhão de toneladas de soja. Isso é pouco, mas é muito para quem passa fome. Também existe aí um bom volume de milho. Percentualmente é 1,2 % da produção de soja e 1,3% do milho, sendo R$ 3 bi e R$ 1,5 bi respectivamente, são perdidos. É muito dinheiro, mas é pouco quando se pensa no valor imaterial, nas perdas humanas que pode representar". declarou.


Sobre José Manoel Ferreira Gonçalves
Doutor em Engenharia de Produção pela Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP), Mestre em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal de Itajubá. Engenheiro Civil (Universidade Mackenzie), Jornalista (Fundação Cásper Libero) e Advogado (Universidade Santa Cecília). Pós-graduado em Geoprocessamento (UFRJ), Termofluidomecânica (EFEI), Eng. Oceânica (Coppe-UFRJ) e História da Arte pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP). Pós-doutorado no Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa (IGOT). É diretor da CNTU – Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados, presidente da FERROFRENTE - Frente nacional pela volta das ferrovias e da AGUAVIVA – Associação Guarujá Viva. Diretor do Departamento de Relações Jurídicas e Legislação da FNE, Federação Nacional dos Engenheiros (2022-2025), membro do conselho consultivo do EngPD, Engenharia pela Democracia. Autor de 9 livros na área de engenharia e ferrovias.


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