13/04/2023 às 21h28min - Atualizada em 16/04/2023 às 00h09min

Brasil é o maior mercado estudantil da América Latina

Universidades estrangeiras realizam trabalhos recorrentes no país para se apresentar como alternativa de formação superior

SALA DA NOTÍCIA Renata Rosa
Com 22,6 milhões de vagas em cursos de graduação oferecidas em 2021 e quase nove milhões de alunos matriculados, o Brasil é hoje o maior mercado estudantil da América Latina. De olho nestes números, divulgados no Censo da Educação Superior 2021 pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), universidades estrangeiras realizam trabalhos recorrentes para se apresentar como alternativa de formação superior. É o caso da Bedforshire, universidade do Reino Unido, que enviou um representante ao Brasil pela primeira vez para encontros com estudantes brasileiros.
“Além do potencial número de possíveis alunos, O Brasil impressiona pela maneira de expressar criatividade e paixão em tudo que fazem. Além disso, o aluno brasileiro é esforçado e interessado”, afirma Liam Stott, recrutador internacional da Bedforshire. Ele esteve no país para participar de ações com estudantes brasileiros. “Hoje a universidade recebe muitos alunos internacionais e a ideia é continuar diversificando. Há muitos alunos vindos da África e Ásia. Chegou a hora de receber mais alunos do Brasil”, afirma Stott.
De acordo com a Belta (Associação de Agências de Intercâmbio do Brasil), o Reino Unido é o terceiro destino mais procurado por alunos brasileiros para intercâmbio. De acordo com a Associação, isso se deve, principalmente, pelo controle da Covid-19. Outra grande vantagem é a mudança aplicada pelo governo na oferta do visto de permanência. Hoje, o estudante pode ficar no país dois anos após sua graduação. Isso significa a oportunidade de emendar em uma pós-graduação, realizar um estágio, ter emprego na área de formação, finalizar uma pesquisa. “É uma grande chance de conhecer o mercado de trabalho britânico e até permanecer empregado por lá”, afirma Liam. Ele reforça que a Bedforshire faz o encaminhamento e oferece assistência para alunos interessados em estágios e emprego, com suporte de conselheiros. E, durante a universidade é possível trabalhar até 20 horas por semana. “Existem muitas ofertas no Reino Unido e o mercado está em busca de jovens”, reforça Liam.

Bolsas de estudo
Criada em 2006, a Bedforshire possui três campi: Luton, Putridgebury e Bedford, cerca de 20.000 estudantes de mais de 120 países, trabalhando com 40 parceiros acadêmicos no Reino Unido e no exterior, oferecendo programas de graduação e pós-graduação, que são ministrados por especialistas líderes em suas áreas. Os programas de estudo incluem Faculdade de Artes, Tecnologia e Ciências Criativas (computação e sistemas de informações, mídia, arte e design, e ciência), Faculdade de Educação e Esportes (educação física e ciências esportivas), Faculdade da Saúde e Ciência Social (cuidado agudo da saúde, obstetrícia e saúde infantil, e psicologia) e a Universidade de Bedfordshire de Negócios.
Por questões governamentais, nenhuma universidade no Reino Unido oferece bolsas com 100% do valor, salvo casos especiais ou aplicações diferenciadas. Porém, a Bedforshire tem um valor muito competitivo de mensalidade. Além disso, 65% do valor investido nas primeiras taxas viram bônus e a ajuda de custo para estudantes brasileiros chega a £1500 libras, em qualquer curso de graduação e pós-graduação.
Entre os destaques da universidade estão a pós-graduação e as pesquisas que derivam dos cursos. Hoje, a Universidade abriga o Centro Nacional de Pesquisa Cyberstalking, que realizou o primeiro estudo britânico de ciber-perseguição e outras formas de assédio online. Em 2012, ela estabeleceu uma cadeira na UNESCO em novas formas mídias para analisar as tendências no uso de meios eletrônicos, mídias móveis e tecnologias de Internet através da investigação e prática. O Centro também forneceu a base para decisões, planos e programas de treinamento do governo do Reino Unido e órgãos oficiais, incluindo o Conselho Nacional de Chefes de Polícia (NPCC). De natureza interdisciplinar, o Centro conta com a experiência de vários especialistas que trabalham em diferentes áreas, incluindo ciência da computação, psicologia, sociologia e direito.
Além de resultados de pesquisa mensuráveis, o Centro foi chamado para aconselhar os formuladores de políticas e parlamentares, forneceu evidências de especialistas convidados com base no relatório do ECHO ao inquérito do Grupo Parlamentar da União da Justiça (JUPG) sobre a perseguição à reforma da lei e se tornou membro do National Stalking Consortium.
Por que estudar fora?
Além da oportunidade de acessar um ensino reconhecido, conhecer novas culturas e deixar o currículo mais competitivo, Liam Stott apresenta outras vantagens para a escolha de estudar fora do Brasil. Entre elas estão:
  • Experiência
  • Empregabilidade
  • Educação de alto padrão
  • Contato com novas culturas
  • Habilidades interpessoais – um grande diferencial hoje nas empresas
Como a proficiência em inglês é fundamental, Liam orienta buscar aulas e cursos capazes de preparar os alunos antes de encontrar a universidade. “Isso amplia as possibilidades de ser aceito”, finaliza o recrutador.


Liam Stott (representante de Bedforshire) e Leonardo Trench (diretor da GradeUp)
 


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