Pedro Devani/SecomÀ Rede Amazônica Acre, a gestora explicou que as escolas usadas como abrigo pelas famílias atingidas pela enchente passam por manutenção, limpeza, pinturas e pequenos reparos para receber os estudantes. Ao todo, dez escolas da rede pública municipal foram cedidas para ocupação dos desabrigados.
A desocupação desses colégios começou na segunda-feira (10) pelas equipes do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil Municipal. As famílias que ainda estavam desabrigadas foram levadas para o Parque de Exposições Wildy Viana.
"Nossa manutenção está cuidando dessa parte para receber os alunos. A Escola Marilene Mansour, que fica no [bairro] Quinze, sofreu alagação, já foi limpa, mas precisa de uma pintura. As demais estão aptas e vamos recomeçar o ano letivo", destacou a gestora.
No dia 20 de março, foram iniciadas as aulas da rede municipal da capital acreana. Quatro dias depois, a Secretaria de Educação Municipal suspendeu as aulas nas escolas por conta da enchente do Rio Acre.
O manancial registrou a maior enchente dos últimos oito anos. O nível do rio chegou a 17,72 metros no dia 2 de abril. As águas começaram a baixar após essa cota histórica. Mais de 75 mil pessoas foram atingidas pela enchente.
Nesta sexta-feira (14), o nível do rio está com 10,56 metros.
Depois de episódios que colocaram em risco a segurança nas escolas, como os casos de São Paulo e Santa Catarina, onde quatro crianças foram assassinadas, a secretária afirmou que a Prefeitura de Rio Branco convocou uma reunião com o gabinete militar para traçar um plano de reforço na segurança nos colégios.
"Se Deus quiser não vai acontecer, mas, de repente, podemos nos deparar com um fato assim, que não queremos. Temos que preparar nosso pessoal para ter uma alto defesa e saber como agir em um momento como esse", frisou.
Entre as medidas que devem se adotadas, Nabiha Bestene destacou a capacitação das equipes que trabalham com a educação de alunos, dos agentes de portaria e também o reforço na segurança não apenas no portão dos colégios, mas também nos muros.
"Tudo isto está sendo pensado, temos 83 escolas e estamos preocupados. Estamos pensando em como agir em um momento como esse. Vamos conversar com as empresas terceirizadas para que dê o treinamento adequado para os agentes de portaria. Com relação a parte física, vamos averiguar como devemos comportar, fazer para melhorar isso tudo", confirmou.
Nabiha falou também que o treinamento das equipes de segurança das escolas deve ser feito por policiais militares. "Não é apenas na frente, ajeitar uma porta, colocar metal, e os muros? Eles pulam os muros, foi assim que cidadão fez com aquelas crianças", concluiu.
