13/04/2023 às 09h10min - Atualizada em 13/04/2023 às 09h10min

Empresa usa tecnologias imersivas e IA para cuidar de recém-nascidos à distância e evitar lesões cerebrais

Desenvolvida pela PBSF, a UTI Neonatal Neurológica Digital utiliza um mix de tecnologias para monitorar os bebês de forma remota e garantir um tratamento igual e de qualidade em diferentes hospitais do Brasil

AB Notícia News
Epoca Negocios
Divulgação/PBSF

Na corrida contra o tempo para oferecer um atendimento adequado aos recém-nascidos que sofrem com falta de oxigenação no cérebro na hora do nascimento, a PBSF (Protecting Brains & Saving Futures), empresa brasileira formada por pediatras neonatologistas, desenvolveu uma UTI Neonatal Neurológica Digital que utiliza um mix de tecnologias para monitorar os bebês e reduzir lesões cerebrais.

De acordo com o médico neonatologista Dr. Gabriel Variane, fundador e CEO da PBSF, a falta de oxigenação no cérebro afeta entre 15 mil e 20 mil bebês todos os anos no Brasil. A condição, chamada asfixia perinatal, é a principal causa de lesão cerebral em recém-nascidos, gerando sequelas como paralisia cerebral, déficit cognitvo, cegueira e surdez. Sem atendimento imediato, até 25% dos bebês afetados morrem.

"Um bebê com graves lesões neurológicas tem um impacto tanto do ponto de vista social quanto econômico para a família. Nosso trabalho é evitar essas sequelas por meio do monitoramento e da assistência especializada aos pacientes. Nesse ponto, o uso de tecnologias imersivas, por exemplo, permite que a UTI Digital tenha um alcance global, podendo conectar-se a qualquer outra UTI no mundo", explica.

Situada em São Paulo, a PBSF funciona como uma central de vigilância remota que se conecta a UTIs neonatais em diferentes hospitais do país. O ecossistema pioneiro consegue realizar o monitoramento cerebral remoto, analisar dados em tempo real, identificar precocemente disfunções cerebrais em um bebê e disponibilizar a assistência médica necessária. Atualmente, a empresa atua em 40 hospitais públicos e privados em 8 estados do país.

 

Tecnologia de nuvem, IA e óculos de realidade mista

 

Muita tecnologia está envolvida no funcionamento da UTI Neonatal Neurológica Digital, começando pela tecnologia de nuvem. Os dados da central de monitoramento são armazenados na plataforma de nuvem da Microsoft, a Azure. Isso possibilita que as equipes médicas da PBSF analisem rapidamente as informações de cada paciente e emitam alertas às equipes locais dos hospitais, que passam a aplicar o tratamento adequado para cada situação.

Outra inovação importante para a PBSF é a inteligência artificial (IA), usada na análise das ondas cerebrais dos bebês. Segundo Variane, as ferramentas de machine learning possibilitam diagnósticos cada vez mais rápidos, além da discussão de protocolos para definir tratamentos baseados em evidências eficientes.

Recentemente, a empresa também passou a usar o HoloLens 2, óculos de realidade mista da Microsoft. "Desde que criamos a empresa, em 2017, buscamos utilizar tecnologia de ponta para aprimorar os processos. Nesse compasso de inovação, estudamos sobre realidade virtual e mista e percebemos que essa ferramenta consegue apoiar o médico na beira do leito de uma forma que proporciona uma agilidade incrível", explica Variane.

Usado dentro da UTI, o headset permite a realização do exame neurológico de forma guiada, além da discussão de casos clínicos com outros especialistas remotos, via Microsoft Teams. "O médico visualiza todos os dados do paciente pelo headset e continua com as mãos livres para o atendimento, o que aumenta a precisão do exame", diz o especialista. Todos os profissionais passam por um treinamento de como usar o dispositivo. "Até médicos mais velhos ficaram impressionados com a agilidade do atendimento", completa.

O CEO da PSBF ressalta que todas essas inovações são fundamentais para garantir um tratamento igual e de qualidade em diferentes lugares do país. "Não usamos essas tecnologias para sermos diferentes. É algo que realmente precisamos para atender o maior número de bebês no Brasil", finaliza.


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