Anteriormente, sem a ampliação deste fim de semana, o grupo prioritário contabilizava 54.248.963 brasileiros. Segundo o Vacinômetro do Ministério da Saúde, com dados da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) atualizados neste domingo, foram aplicadas 7.136.439 doses bivalentes até então no país – o que representa aproximadamente 13,1% do público-alvo.
Com a inclusão daqueles com comorbidades, o grupo teve um acréscimo de 9.150.727 pessoas, chegando a 63.399.690 indivíduos. Considerando o novo total, somente 11,2% receberam a dose de reforço com a vacina bivalente.
O imunizante, produzidos pela Pfizer/BioNTech, foi desenvolvido para aumentar a proteção contra a variante Ômicron do coronavírus, predominante no mundo desde o fim de 2021. Isso porque as doses originais, embora ainda altamente eficazes para prevenir desfechos graves, induzem uma resposta mais fraca para as novas versões do vírus devido às suas mutações.
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Para os grupos populacionais considerados de maior risco para doença grave ao contrair a Covid-19, como os idosos e imunocomprometidos, essa diminuição é mais significativa, o que leva à necessidade de atualizar o esquema vacinal com o reforço adaptado. As aplicações são chamadas de bivalentes por incluírem dois tipos do vírus em sua formulação: metade da cepa original, descoberta no fim de 2019, e metade da Ômicron.
Elas são indicadas como um reforço, quatro meses após a última dose. Podem tanto substituir a terceira ou a quarta dose daqueles que estão atrasados, como ser uma quinta para quem está com o esquema anterior em dia. Durante esse primeiro mês, podiam recebê-las idosos acima de 60 anos, gestantes, imunocomprometidos a partir de 12 anos, entre outros.
Agora, com a inclusão das pessoas com comorbidades, o público-alvo completo envolve:
- Pessoas com mais de 60 anos;
- Gestantes e puérperas;
- Pacientes imunocomprometidos a partir de 12 anos;
- Pessoas com deficiência a partir de 12 anos;
- Pessoas com comorbidades a partir de 12 anos;
- Pessoas vivendo em Instituições de Longa Permanência (ILP);
- Povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas;
- Trabalhadores e trabalhadoras da saúde;
- Pessoas privadas de liberdade e adolescentes cumprindo medidas socioeducativas.
Veja a lista de comorbidade incluídas no grupo prioritário:
- Diabetes mellitus;
- Pneumopatias crônicas graves;
- Hipertensão Arterial Resistente (HAR);
- Hipertensão arterial estágio 3;
- Hipertensão arterial estágios 1 e 2 com lesão em órgão-alvo;
- Insuficiência cardíaca (IC);
- Cor-pulmonal e Hipertensão pulmonar;
- Cardiopatia hipertensiva;
- Síndromes coronarianas;
- Valvopatias;
- Miocardiopatias e Pericardiopatias;
- Doenças da Aorta, dos Grandes Vasos e Fístulas arteriovenosas;
- Arritmias cardíacas;
- Cardiopatias congênita no adulto;
- Próteses valvares e Dispositivos cardíacos implantados;
- Doenças neurológicas crônicas e distrofias musculares;
- Doença renal crônica;
- Hemoglobinopatias e disfunções esplênicas graves;
- Obesidade mórbida (IMC ≥ 40);
- Síndrome de Down e outras Síndromes genéticas;
- Doença hepática crônica.