Jair e Michelle Bolsonaro ficaram desamparados pelos filhos do ex-presidente e por parlamentares aliados ao longo da primeira semana da repercussão do caso das joias que ganharam da Arábia Saudita, em 2021, de acordo com levantamento inédito feito pela consultoria DSC Lab entre 3 e 9 de março.
A análise de 200 publicações sobre o tema, criadas por 54 parlamentares, mostrou que somente cinco (9%) partiram de figuras favoráveis a Bolsonaro — uma delas foi Flávio, o filho mais velho, único do clã a se manifestar no período. Eduardo e Carlos permaneceram em silêncio nos sete dias (ambos só se manifestaram mais recentemente).
O abandono custou a Bolsonaro e Michelle uma ampla exposição negativa nas redes sociais. As 193 publicações de parlamentares que se opõem a Bolsonaro somaram, segundo a consultoria, 767,7 mil interações no período. Já as sete mensagens restantes, de apoiadores, mobilizaram 300,3 mil interações. O volume do impacto das críticas foi 2,5 vezes maior.
Do lado antibolsonarista, tiveram destaque posts feitos por Sâmia Bomfim, Gleisi Hoffmann, Jandira Feghali, Alencar Santana, Pedro Uczai e Humberto Costa. Na trincheira de Bolsonaro, os maiores acertos foram de Flávio, Gustavo Gayer, Eduardo Girão e José Medeiros. A DSC Lab considerou posts feitos no Instagram e no Facebook.
