20/03/2023 às 08h57min - Atualizada em 20/03/2023 às 08h57min

Análise: Flamengo oscila contra Vasco, e Vítor Pereira ganha tempo para corrigir problemas

Resultados recentes aliviam pressão no treinador, que terá calendário a seu favor pela primeira vez

AB Notícia News
Globo Esporte
André Durão / ge
Flamengo se classificou à final do Carioca com um agregado de 6 a 3 em cima do Vasco. Foram duas vitórias em cima do rival. A última com uma atuação que passou longe de convencer, mesmo após a semana cheia de treinamento. Agora, Vítor Pereira ganha um suspiro de tempo para corrigir os problemas.
 

Se a vitória no jogo de ida trouxe um pouco de paz, a do jogo da volta faz o treinador flertar com um sossego momentâneo. Serão 13 dias até o Flamengo voltar a campo novamente, contra o Fluminense, pela decisão do Estadual.

A última vez em que VP teve tanto tempo para treinar foi entre a sua apresentação e a estreia no Carioca, contra a Portuguesa. Esta será a terceira decisão do ano, e o tempo para escrever um capítulo diferente está a favor da comissão técnica.

 

Busca pelo encaixe

 

Desde que chegou ao Flamengo, Vítor Pereira ainda não repetiu titulares em partidas seguidas. Por exemplo, foram três jogos contra o Vasco e três escalações diferentes. Dentre os muitos testes feitos, o de três zagueiros se desenha como o esquema preferido.

Para a última partida contra o Vasco, depois de algumas avaliações no Ninho durante a semana, VP escolheu Fabrício Bruno pela direita, Rodrigo Caio mais centralizado e David Luiz pela esquerda.

 

A preferência pelo sistema se prova quando, na saída de Rodrigo Caio, o Flamengo teve Thiago Maia recuado para fechar como terceiro zagueiro. Assim se manteve até Léo Pereira entrar, e o camisa 8 voltar para posição de origem.

Mesmo com a presença de três peças de marcação, o encaixe está longe de ser eficaz. As jogadas de bolas aéreas ainda são o ponto fraco da defesa, que continua a busca para reencontrar uma formação ideal.

 

Substituições funcionam

 

Para além de Léo Pereira que dominou o lado esquerdo da zaga, outros dois nomes chamam atenção: Matheus França e Varela.

O lateral entrou no lugar de Cebolinha, que atuou improvisado na ala direita. Este foi o primeiro jogo do uruguaio após a lesão e, ainda assim, ficou mais de 40 minutos em campo. Uma atuação protocolar que deu a segurança defensiva necessária por aquele lado.

 

Ofensivamente, o Flamengo estava muito aquém na segunda etapa, e a entrada de França trouxe o fôlego necessário para garantir o resultado. O jovem de 18 anos povoou o lado esquerdo, sofreu o pênalti e arriscou algumas jogadas.

 

Consistência e controle de jogo

 

Essas são as duas principais características que Vítor Pereira precisa encontrar em exatos 13 dias antes do próximo desafio. Apesar do calendário já bater em dois meses e meio de trabalho, o futebol apresentado em campo está muito longe do material humano disponível. Os resultados aliviaram a pressão que existia no treinador. Porém, só com o título Carioca, VP terá a tranquilidade para uma temporada completa.


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