17/03/2023 às 11h59min - Atualizada em 18/03/2023 às 18h01min

Desburocratizando o acesso à saúde, fintechs facilitam a realização de cirurgias reparadoras no país

Em parceria com clínicas especializadas, fintechs buscam democratizar o acesso a procedimentos médicos e estimular a autoestima de pacientes 

SALA DA NOTÍCIA Gabriel Mello

Com o aumento da demanda por cirurgias reparadoras no Brasil, muitos pacientes enfrentam dificuldades para pagar pelos procedimentos, uma vez que muitos deles não são cobertos pelos planos de saúde tradicionais. Olhando para esse cenário, startups especializadas no mercado de saúde surgem como uma solução viável para facilitar o acesso ao crédito e ajudar pacientes a realizar as intervenções médicas necessárias. 

Para se ter uma ideia, nos últimos anos, o número de pessoas procurando por procedimentos médicos reparadores aumentou consideravelmente no país. Segundo o último levantamento realizado pela Sociedade Brasileira de Cirurgias Plásticas (SBCP), só no ano passado, foram efetuados mais de 1,5 milhão de procedimentos em consultórios brasileiros, sendo 40% deles de intervenções reparadoras, quando há uma mudança ou má formação de alguma parte do corpo.

Entre as cirurgias mais realizadas no Brasil, estão a lipoaspiração, a mamoplastia de aumento, a abdominoplastia, a blefaroplastia (cirurgia das pálpebras) e a rinoplastia. No entanto, outras cirurgias reparadoras, como a reconstrução mamária após o câncer de mama e a pós-bariátrica, também têm apresentado grande demanda no país. As cirurgias reparadoras pós-bariátrica, por exemplo, foram discutidas recentemente pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ), que decretou que a retirada de excesso de pele em pacientes submetidos à cirurgia bariátrica devem ser custeadas pelos planos de saúde.

“Temos observado que o mercado de cirurgias médicas tem se tornado cada vez mais expressivo no Brasil. Porém, apesar desse avanço, nem todos os procedimentos são cobertos pelos planos de saúde tradicionais, o que pode dificultar o acesso de muitas pessoas a esses serviços.” comenta o CEO e cofundador da Inklo, Igor D’ Azevedo.

É nesse contexto que empresas como a Inklo buscam atuar, tornando o acesso ao crédito mais fácil e desburocratizado, como uma opção viável para pacientes que precisam de procedimentos médicos e estéticos, mas não têm condições de pagar à vista. A ideia vai de encontro aos dados. Segundo uma pesquisa realizada em 29 países pelo Instituto Ipsos, 90% dos brasileiros não têm condições financeiras para realizar procedimentos médicos de qualidade. Somado a isso, o estudo afirma ainda que 71% dos brasileiros concordam que o sistema de saúde do país está sobrecarregado.

Uma alternativa aos planos de saúde e à rede pública, o oferecimento de crédito para a realização de procedimentos médicos e odontológicos se tornaram uma solução para criar um acesso mais rápido aos tratamentos e como forma de resolver problemas latentes relacionados ao sistema de saúde no país.

"Para muitos pacientes, as cirurgias reparadoras representam não apenas uma transformação física, mas também uma transformação emocional. Esses procedimentos podem ajudar a resgatar a autoestima e a qualidade de vida. É muito gratificante ver que este modelo de negócios está contribuindo para tornar a autoestima uma realidade para cada vez mais pessoas. ”, conclui Igor D’ Azevedo.


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