O encontro da tecnologia com grandes nomes da arte tem levado milhares de pessoas a visitar as exposições imersivas. Sucesso de público em vários países, as projeções em grande escala, que parecem colocar o visitante dentro da obra de arte, estão rodando o Brasil. Trata-se de um movimento que indica um caminho sem volta: a grandiloquência da arte já não cabe só nas molduras de um quadro. Assista à reportagem especial no vídeo acima.
“A gente consegue entender o contexto da obra e, ao mesmo tempo, é conduzido pela iluminação, pela sonoridade. É uma experiência completa. A gente pode contemplar toda obra, e é arrepiante, também... A obra é viva”, explica a administradora Ana Beatriz Marinho Leite.
Em grande escala, são experiências sensoriais em cenários perfeitos para instigar os seguidores nas redes sociais, com fotos e vídeos que geram várias curtidas e comentários de pessoas que acabam querendo saber do que se trata. “Muita gente nem sabia que existia isso”, conta a administradora Beatriz Motta, que postou seus momentos numa exposição imersiva. E somente em São Paulo, atualmente, existem pelo menos cinco grandes “issos”.
“As exposições imersivas trouxeram uma forma diferente das pessoas terem uma conexão com a arte. Todo mundo estava um pouco acostumado a ir ao museu ver uma obra ou uma pintura em 2D, e agora você passa a não só ver a obra, mas a estar dentro dela”, conta Rafael Reisman, produtor e curador das exposições imersivas que já investiu R$ 30 milhões nessa vertente cultural, com um milhão de ingressos vendidos até o momento.
A sensação de estar dentro do quadro, cercado de tantas cores e tantas pinturas, é uma das principais propostas das exposições imersivas. Desde que foi inaugurado, em 2019, o MIS Experience já levou ao público artistas como Leonardo da Vinci, Candido Portinari e, agora, Michelangelo, cuja experiência imersiva já foi visitada por cem mil pessoas.
Frida Khalo, Michelangelo, Picasso, Vincent Van Gogh, Monet, Leonardo da Vinci, Candido Portinari... Uma aquarela de nomes – cada qual no seu tempo, cada qual com seus traços – que se enquadram num mar de contemplação e interatividade.
